O número oficial de mortos do sismo situa-se nos 1.700, havendo ainda registo de 3.400 feridos e 300 desaparecidos, de acordo com os canais de Telegram pró-junta militar, que citam os governantes da antiga Birmânia. O sismo de magnitude 7,7 na escala provocou ainda o colapso de vários edifícios e monumentos em Myanmar, no sudeste asiático.
O sismo foi também sentido com intensidade em várias cidades do sul da província chinesa de Yunnan, embora os danos registados tenham sido pouco significativos. A Organização Mundial da Saúde classificou o sismo em Myanmar no nível mais alto de emergência e lançou um pedido urgente para reunir oito milhões de dólares para salvar vidas e prevenir epidemias.
“Os danos são verdadeiramente enormes”, disse à EFE, por telefone, a diretora de comunicação para a Ásia-Pacífico da Federação Internacional, Afrhill Rances, indicando ter recebido as dados sobre a destruição dos seus parceiros da Cruz Vermelha de Myanmar.
Entre as estruturas afetadas está o histórico Palácio de Mandalay, localizado na segunda maior cidade do país. Imagens mostram a devastação sofrida pelo edifício, que teve a antiga torre do relógio e o portão de entrada completamente destruídos. O palácio, último reduto da antiga monarquia, havia sido reconstruído em 1990 após bombardeios durante a Segunda Guerra Mundial.
A situação no país é crítica, com os hospitais superlotados, com cerca de 3.400 feridos necessitando de atendimento. A Cruz Vermelha Internacional declarou que Mianmar enfrenta uma crise humanitária, agravada pela destruição de estradas e pontes que dificulta o acesso às áreas mais afetadas.
C/Agências de notícias