Aumentou para sete o número de mortos num naufrágio ao largo de São Tomé e Príncipe. Há ainda 10 desaparecidos, dos quais duas portuguesas e um francês. Os dados foram avançados à Lusa por fontes governamentais.
Na noite de ontem, quinta-feira, o presidente do governo regional adiantou que estavam “registados três estrangeiros que vinham no barco”, duas cidadãs portuguesas e um francês, embora tenha indicado tratar-se de “informações não confirmadas”. “Ao povo português e aos familiares desses estrangeiros, manifestar a nossa total solidariedade”, disse José Cassandra.
Morreram três adultos e quatro crianças, informaram as mesmas fontes. Foram resgatadas com vida outras 55 pessoas e levadas para o porto da ilha de Príncipe, onde eram já aguardadas por dezenas de familiares e amigos.
Hoje, o secretário de Estado das Comunidades de Portugal afirmou que ainda não foi possível confirmar a existência de cidadãos portugueses a bordo do navio que naufragou. Em declarações à Lusa, José Luís Carneiro disse que na lista de passageiros há dois nomes que, aparentemente, levam a concluir que se tratará de cidadãos portugueses. Mas não é possível confirmá-lo porque não há registos desses nomes nos serviços consulares.
De acordo com o SE, há três formas de actuar para se chegar a uma identificação: confirmação através do registo consular, de informações das autoridades locais e pelo contacto de familiares. Por isso, Carneiro salientou a importância de todas as pessoas que vão viajar estarem inscritas nos postos consulares e na aplicação registo do viajante.
À TSF, o presidente do governo regional revelou que as buscas foram retomadas hoje, mas admitiu que é pouca a esperança de encontrar sobreviventes. José Cassandra indicou ainda que “a tripulação está em choque”. Quanto à possíveis causas para o acidente, disse que os passageiros resgatados falam de “mau acondicionamento da carga e de vagas de ondas fortes” causadas por uma tempestade que atingiu o país.
O navio “Amfitriti” fazia a ligação entre São Tomé e Príncipe, uma viagem que dura entre seis e oito horas. Tinha a bordo 64 passageiros – a sua capacidade é de 250 passageiros – 212 toneladas de carga. Naufragou na manhã desta quinta-feira, já próximo da ilha do Príncipe.