A Polónia está disponível para acolher armas nucleares americanas face à guerra entre a Ucrânia e a Rússia, noticia a agência Lusa, citada pelo jornal Público. Conforme esse órgão, a informação foi avanáda pelo vice-primeiro ministro polaco Jaroslaw Kaczynski, que defendeu também um reforço de tropas naquele país.
“Faria sentido ampliar a presença nuclear no flanco leste (da NATO – Organização do Tratado Atlântico Norte)”, afirmou o também presidente do partido conservador e nacionalista Lei e Justiça (PiS), numa entrevista ao jornal alemão Die Welt, realçando que essa iniciativa teria de partir de Washington.
Jaroslaw Kaczynski propôs ainda o aumento da presença de tropas americanas na Europa de 100.000 para 150.000 efectivos, metade dos quais deveriam estar mobilizados de forma permanente nos países do leste da Europa, nas fronteiras com a Rússia.
“Os soldados da potência nuclear americana são o factor mais forte na hora de prevenir que a Rússia ataque países da NATO e aquele que nos proporciona uma maior segurança”, justificou o líder do partido PiS.
No campo da batalha entre a Rússia e a Ucrânia, Iryna Vereshchuk, vice-primeira-ministra da Ucrânia, revelou hoje que os militares russos têm como prisioneiros onze presidentes de câmara de cidades das regiões de Kiev, Kherson, Mykolaiv e Donetsk. Uma informação que, garante, irá ser enviada para o Comité Internacional da Cruz Vermelha, a ONU e outras organizações.
Vereshchuk anunciou ainda que o governo ucraniano soube ontem que Olga Sukhenko, autarca da vila de Motyzhyn, na região de Kiev, foi morta pelas forças russas quando estava em cativeiro. “Este é um crime de guerra, os responsáveis serão punidos de acordo com o direito internacional humanitário”, disse, garantindo que o seu governo irá fazer tudo para que todos prisioneiros sejam libertados.
C/ Público e Lusa