O canal televisivo CNN noticiou que o Pentágono aprovou a entrega de mísseis de longo alcance Tomahawk à Ucrânia, depois de concluir que a medida não comprometeria as reservas militares dos Estados Unidos. A decisão política final, no entanto, permanece nas mãos do presidente Donald Trump.
O líder norte-americano tem-se mostrado reticente nesta matéria nos últimos tempos. Dias antes de uma reunião com Volodymyr Zelensky, o Presidente ucraniano, Trump tinha indicado que Washington “tem muitos Tomahawk” e poderia considerar enviá-los para Kiev. Contudo, na reunião de trabalho com o homólogo da Ucrânia, na Casa Branca, Trump recuou e afirmou que preferia não fornecer os mísseis, justificando que os Estados Unidos “não querem oferecer equipamentos de que precisam para proteger o próprio país”.
De acordo com fontes citadas pela CNN, a reviravolta ocorreu depois de uma conversa telefónica entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin. O líder do Kremlin terá alertado que os Tomahawk poderiam atingir grandes cidades russas, como Moscovo ou São Petersburgo, sem alterar significativamente o curso da guerra, mas deteriorar severamente as relações entre Moscovo e Washington.
Apesar da aprovação do Pentágono, persistem dúvidas sobre a forma como a Ucrânia poderia lançar os mísseis caso Trump decida dar luz verde à operação. Normalmente disparados a partir de navios ou submarinos, os Tomahawk exigiriam adaptações para lançamento terrestre, uma capacidade que Kiev ainda não possui totalmente, recorda a CNN.
Ainda assim, fontes citadas pela estação norte-americana acreditam que os engenheiros ucranianos poderiam encontrar soluções alternativas, como já fizeram com os mísseis Storm Shadow britânicos.
C/Dn.pt
