ONU diz que 25 pessoas morreram em ataque israelita junto a duas padarias

A ONU revelou que aviões israelitas atacaram esta quinta-feira as imediações de duas padarias, onde palestinianos estavam em filas à espera de pão, provocando a morte de vinte pessoas em Gaza e outras cinco no campo de An Nussairat. As padarias são contratadas pelo Programa Alimentar Mundial.

No dia anterior, uma das seis padarias contratadas pelo Programa Alimentar Mundial e que forneciam pão a 12 mil pessoas foi danificada e deixou de funcionar, referiu o relatório diário sobre a situação em Gaza publicado pelo Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA).

Agora, a grande maioria das padarias não está a funcionar devido à escassez de ingredientes essenciais, especialmente a farinha de trigo, que deverá estar completamente esgotada em menos de uma semana.

A ONU informou ainda que os hospitais de Gaza estão à beira do colapso por falta de energia, medicamentos, equipamentos e pessoal especializado. Também serão suspensos, em breve, procedimentos vitais – como a diálise – para se conseguir manter operacionais os serviços de urgência. Além disso, mais de 60% dos centros de cuidados primários tiveram de encerrar.

De acordo com a Organização das Nações Unidas, é muito preocupante a situação de mais de 9.000 pessoas com cancro, cuja sobrevivência depende da quimioterapia, razão pela qual o Hospital da Amizade Turco-Palestina, único centro em Gaza que oferece este tratamento, luta para se manter operacional dependendo de um único gerador de eletricidade.

Segundo o Ministério da Saúde, 79 famílias perderam dez ou mais dos seus membros e 85 famílias de seis a nove membros e 320 famílias de dois a cinco membros. Em treze dias de guerra entre Israel e Hamas, os bombardeamentos em Gaza causaram 3.785 mortos, 307 destes em vinte e quatro horas.

Dessas vítimas, 1.524 são crianças, enquanto centenas de corpos que ainda não foram contabilizados como vítimas estão sob os escombros.

Elementos do Hamas atravessaram no dia 07 de outubro a fronteira da Faixa de Gaza com Israel e assassinaram cerca de 1.400 israelitas, raptando ainda cerca de duas centenas de pessoas mantidas reféns pelo movimento islamita, noticia a Lusa.

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