OMS recorre a alfabeto grego para designar variantes do novo coronavírus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recorreu a letras do alfabeto grego para designar as variantes do novo coronavírus SARS-CoV-2 consideradas de interesse ou preocupação, evitando a nomeação “estigmatizante e discriminatória” pelo local onde foram detetadas.

Em comunicado divulgado na terça-feira, segundo o Dn.pt, a OMS adianta que reuniu um grupo de especialistas, nomeadamente em nomenclatura e taxonomia de vírus, para adotar designações “simples e fáceis de dizer e memorizar”.

De acordo com a tabela da OMS, a variante B.1.1.7, detetada pela primeira vez no Reino Unido, foi batizada “Alpha”, a B.1.351, com origem na África do Sul, passou a chamar-se “Beta” e a P.1, identificada no Brasil, “Gamma”. As sublinhagens B.1.617.1 e B.1.617.2 da variante B.1.617, com origem na Índia, foram designadas “Kappa” e “Delta”, respetivamente.

As estirpes do SARS-CoV-2 agora designadas Alpha, Beta, Gama e Delta são consideradas pela OMS como de “preocupação”, por estarem associadas a uma ou mais de três condições: aumento da transmissibilidade, aumento da virulência ou diminuição da eficácia das medidas sociais e de saúde pública, diagnósticos, vacinas ou medicamentos disponíveis. A variante Kappa foi classificada pela OMS como de “interesse”, por estar associada a múltiplos casos ou a transmissão comunitária ou em vários países.

Nesta categoria, relata o Diário de Notícias, existem mais cinco variantes: a B.1.427/B.1.429 e a B.1.526, ambas identificadas pela primeira vez nos Estados Unidos, que passaram a designar-se “Epsilon” e “Lota”, respetivamente; a P.2, com origem no Brasil, que foi chamada de “Zeta”; a P.3, detetada nas Filipinas, nomeada “Theta”, e a B.1.525, de diversos países, que é agora “Eta”.

Os novos nomes das variantes – que não substituem os nomes científicos, mais difíceis de pronunciar e lembrar, mas que continuarão a ser usados no contexto de trabalho científico – foram escolhidos após “uma ampla consulta e revisão de muitos sistemas de nomenclatura”, refere o comunicado da OMS. A nota assinala que a medida visa “simplificar as comunicações públicas” e evitar designar as variantes do SARS-CoV-2 pelos locais onde foram identificadas pela primeira vez, “o que é estigmatizante e discriminatório”.

A OMS incentiva as autoridades de cada país e os meios de comunicação social a adotarem as novas designações, entretanto publicadas na página da OMS na internet.

C/ Dn.pt

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