OMS confirma ataques a instalações médicas na Ucrânia com várias vítimas mortais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou, este domingo, a ocorrência de “vários ataques” russos a instalações de cuidados de saúde na Ucrânia, causando “múltiplos mortos e feridos”. “Relatórios adicionais estão a ser investigados. Ataques a instalações de cuidados de saúde ou trabalhadores violam a neutralidade médica e constituem violações do direito humanitário internacional”, escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus na rede social Twitter.

A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, uma ofensiva militar à Ucrânia e as autoridades de Kiev contabilizaram, até ao momento, mais de 2.000 civis mortos, incluindo crianças. Segundo a ONU, os ataques já provocaram mais de 1,2 milhões de refugiados.

Ontem, o presidente russo, Vladimir Putin, enviou mais um aviso à navegação ao comparar as sanções internacionais contra a Rússia a uma declaração de guerra. As mesmas passam por medidas financeiras, como a retirada de vários bancos russos do sistema Swift, que facilita as transferências, mas também têm como alvo indivíduos específicos, os chamados oligarcas com ligações ao Kremlin. Além disso, várias empresas internacionais anunciaram a suspensão da venda dos seus produtos na Rússia, como a Apple, a Microsoft passando pela Zara, Prada, Puma, só para dar alguns exemplos.

Putin avisou ainda que haverá “consequências colossais e catastróficas não só para a Europa, mas para todo o mundo” se a NATO criar uma zona de exclusão aérea na Ucrânia. No terreno, o cessar-fogo temporário para permitir a retirada de civis de duas cidades no sul do país falhou, com ambas as partes a acusarem-se mutuamente de serem as responsáveis por essa situação.

Numa reunião no Kremlin com funcionários da companhia aérea russa Aeroflot (que vai suspender todos os voos internacionais), Putin disse que a decisão de empreender a operação militar na Ucrânia foi “muito difícil”. O presidente mantém ainda que a culpa de tudo é dos líderes ucranianos. “Se continuam a fazer o que estão a fazer, estão a pôr em causa o futuro do Estado ucraniano”, avisou.

Na sexta-feira, o secretário-geral da NATO disse temer que “os dias vindouros sejam piores” na Ucrânia e que a Rússia avance para outros países da Aliança, como a Geórgia ou a Bósnia-Herzegovina. “Esta é a pior agressão militar da Europa em décadas, com cerco a cidades e a escolas, hospitais e edifícios residenciais e ações imprudentes de bombardeamento em torno de uma central nuclear e muitos civis mortos ou feridos”, assinalou.

C/Tsf.pt e Dn.pt

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