A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na sexta-feira que está a acompanhar de perto uma nova variante do coronavírus responsável pela covid-19. Detetada em Israel, Dinamarca e nos Estados Unidos, até o momento esta nova variante não causou alterações na gravidade da doença em pessoas infectadas, segundo a agência de saúde da ONU.
Nas redes sociais, a variante recebeu o apelido de “Éris”, que não é usado oficialmente pela OMS, que decidiu classificar esta nova variante na categoria de “variantes sob vigilância”, devido ao número muito grande (mais de 30) de mutações, de acordo com o boletim epidemiológico dedicado ao Covid-19.
Os sintomas causados pela Eris não diferem das outras variantes da covid-19. Assim, a covid-19 pode causar: dor de cabeça, febre, dor de garganta, cansaço e, eventualmente, perda de olfato e paladar.
De acordo com a OMS, apenas quatro sequências conhecidas desta variante foram identificadas, sem ligação epidemiológica associada conhecida. “O potencial impacto das mutações BA.2.86 é atualmente desconhecido e está a ser cuidadosamente avaliado”, referiu esta organização, que tem sete variantes classificadas como sob vigilância e três como variantes de interesse, incluindo a EG.5, cuja identificação foi comunicada pela primeira vez em fevereiro.
Esta variante, diz, pode provocar um aumento na incidência de infeções e tornar-se dominante em alguns países ou mesmo no mundo. O boletim da OMS diz que, entre 17 de julho a 13 de agosto, foram notificados mais de 1,4 milhões de novos casos de Covid-19, um aumento de 63% em comparação com o período de 28 dias anterior. Pelo contrário, o número de mortes caiu 56% para mais de 2.300.
Também o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças já veio alertar para o aumento da propagação e da transmissão da Covid-19 na Europa, “após vários meses de taxas de infeção muito baixas”, sem que haja, pelo menos por enquanto, “sinais de aumento das hospitalizações ou de pressões sobre os sistemas de saúde”.
Até 13 de agosto, a OMS tinha registado mais de 769 milhões de casos confirmados e mais de 6,9 milhões de mortes causadas pelo Covid-19 no mundo. A organização admite, entretanto, que os números reais sejam maiores.
C/Agências