A Grécia realiza hoje, domingo, as segundas eleições gerais no espaço de um mês, marcadas pela questão das migrações após o recente naufrágio no mar Jónico com centenas de mortes, mas também pelo desemprego e pelo défice comercial. Esta tragédia gerou um clima de tensão no Governo.
O naufrágio foi um dos mais trágicos desastres migratórios no Mediterrâneo, com apenas uma centena de sobreviventes encontrados depois de se virar um barco em que seguiriam cerca de 750 pessoas e gerou um clima tenso entre os principais candidatos a uma vitória nas eleições legislativas de hoje.
Durante um comício, Mitsotakis – que tenta a reeleição, depois de liderar o Governo grego durante quatro anos – considerou “muito injusto” que Tsipras e o Syriza assumam que a Guarda Costeira “não fez devidamente o seu trabalho”.
Segundo as mais recentes sondagens, o partido da Nova Democracia (ND) de Mitsotakis deverá obter 41% dos votos, ficando mais de 20 pontos à frente do Syriza, que deverá ficar pelos 20%. As percentagens de intenção de voto são quase idênticas às obtidas pelos partidos nas eleições legislativas de 21 de maio, embora desta vez o líder conservador apenas precise de 39% para obter a maioria absoluta no Parlamento de 300 lugares.
A campanha eleitoral foi essencialmente dominada pelas questões relacionadas com as migrações, o desemprego, que já atingiu 12%, e um défice comercial que continua a preocupar os gregos, que ainda se lembram bem dos efeitos da intervenção financeira externa após a crise de 2008.
C/Agências