A violência das gangues no Haiti já matou mais de 1.500 pessoas este ano, enquanto que dezenas foram linchadas pelas chamadas brigadas de autodefesa. Informou o escritório de direitos humanos da Organização das Nações Unidas. O Primeiro-ministro Ariel Henry anunciou a sua renuncia desde 11 de março.
As guerras entre gangues no pais intensificaram nas últimas semanas, com rivais fortemente armados desencadeando ondas de ataques, incluindo invasões a delegacias de policia e ao aeroporto internacional. “Todas essas praticas são ultrajantes e têm de parar imediatamente”, disse o alto comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, declaração que acompanhou a divulgação do relatório da ONU que descreve a situação catastrófica do país.
De acordo com o relatório, foram notificados 4.451 assassinatos no ano passado e 1.554 até 22 de março. As mortes resultaram de assassinatos em casas de moradores devido ao suposto apoio de civis à polícia ou a gangues rivais, ou em ruas densamente povoadas devido a fogo cruzado ou atiradores de elite.
Além disso, 528 pessoas suspeitas de ligações com gangues foram linchadas no ano passado e 59 este ano por brigadas armadas que pretendem preencher a falha de segurança deixada pela policia, informou o escritório de direito das Nações Unidas.
C/Agências