Cerca de oito mil pessoas foram retiradas das suas casas no norte da Grande Canária na sequência do incêndio florestal activo desde sábado. De acordo com a agência de notícias espanhola EFE, no combate às chamas estão 700 operacionais, com o apoio de 16 aeronaves.
Durante a noite de Domingo, o avanço do fogo obrigou as autoridades a tirarem as populações do perímetro urbano do município de Valleseco (que tem 3.784 habitantes), nomeadamente do bairro de El Carrizal de Tejeda e El Valle e El Risco, em Agaete, no noroeste da ilha.
O incêndio já causou enormes danos ambientais, com várias áreas naturais afectadas, incluindo uma das grandes joias verdes da ilha, o Parque Natural de Tamadaba, mas não há danos pessoais a registar.
O Ministro da Agricultura, Luís Planas, desloca-se esta segunda-feira à Grande Canária para se reunir com as autoridades e acompanhar a evolução do incêndio no Centro de Coordenação de Emergência e Segurança de Las Palmas.
No domingo, o presidente do Governo das Ilhas Canárias, Ángel Víctor Torres, disse, numa conferência de imprensa, que o fogo não está dominado e que a situação se manterá pelo menos até quarta-feira, não obstante a ilha dispor do maior dispositivo de combate às chamas que alguma vez teve.
O centro de Valleseco, onde vivem cerca de quatro mil pessoas, foi evacuado esta noite. De acordo com o Centro Coordenador de Segurança e Emergências, a população será transferida para a localidade de Teror. Ao todo, já foram evacuados 40 núcleos populacionais devido ao incêndio.
O fogo chegou ao Parque Natural de Tamadaba, onde, segundo os técnicos, o único acesso está rodeado pelas chamas, impedindo a entrada em segurança de viaturas dos bombeiros.
Além da falta de acessos, as temperaturas elevadas e os ventos fortes têm dificultado o combate do incêndio, que mobilizou no domingo mais de 600 bombeiros e 14 aeronaves e levou ao encerramento de 20 estradas.
C/ El Independiente