Uma equipa de investigadores italianos encontrou, segundo o jornal Público, microplásticosem leite materno, uma descoberta preocupante tendo em conta possíveis impactos na saúde dos bebés, que ainda não são claramente perceptíveis. Em 2020, frisa o diário, os mesmos investigadores italianos já tinham detectado microplástico em placentas. Por outro lado, vários estudos chegaram a encontrar estas partículas em pulmões, fezes humanas e no sangue.
As observações do estudo publicado na revista científica Polymers, noticiado sexta-feira pelo jornal The Guardian, preocupam a equipa devido à especial vulnerabilidade dos bebés a contaminantes químicos, mais ainda considerando a descoberta anterior nas placentas. Os cientistas concluem que os químicos “possivelmente contidos nos alimentos, bebidas e produtos de higiene pessoal consumidos pelas mães lactantes podem ser transferidos para o filho, exercendo potencialmente um efeito tóxico”.
É assim “obrigatório aumentar os esforços na investigação científica para aprofundar o conhecimento do potencial comprometimento da saúde causado pela internalização e acumulação de microplásticos, especialmente em bebés”.
Apesar das descobertas, os responsáveis pela investigação sublinham que a amamentação continua a ser a melhor forma de alimentar um bebé recém-nascido. Em declarações ao Guardian, Valentina Notarstefano, da Universitá Politecnica delle Marche, referiu que as vantagens da amamentação são “muito maiores que as desvantagens causadas pela presença de microplásticos poluentes”.
C/ Publico.pt