Forças de segurança detiveram mais de meio milhar de pessoas em Caxemira para evitar qualquer onda de violência após a Índia ter revogado o estatuto especial da região, noticiou a emissora estatal All India Radio.
Também um activista da oposição avançou com uma petição no principal tribunal da Índia, para desafiar o bloqueio de comunicações e a repressão de segurança na parte da Caxemira controlada pela Índia, onde as pessoas permaneceram retidas em casa pelo quarto dia consecutivo.
Na quarta-feira, um manifestante morreu depois de ter sido perseguido pela polícia. É a primeira morte anunciada desde que o Governo nacionalista hindu do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, revogou por decreto presidencial a autonomia constitucional do estado de Jammu e Caxemira, no norte do país.
A Caxemira é dividida entre a Índia e o Paquistão, duas potências nucleares que já travaram duas guerras pelo domínio daquele estado. Os dois países disputam a região montanhosa na totalidade, desde a separação do subcontinente, em 1947, no final da época colonial britânica.
Diferentes grupos separatistas combatem, há várias décadas, o contingente de cerca de 500 mil soldados indianos destacados na região, para exigir a independência do território ou a integração no Paquistão. Dezenas de milhares de pessoas, na grande maioria civis, morreram no conflito.
O Paquistão pretende levar a questão de Caxemira para as instâncias internacionais, indicou o primeiro-ministro, Imran Khan, um dia após o Governo ter anunciado a revogação da autonomia constitucional da região.
C/Observador.pt
Foto: Veja