Mais de uma tonelada de cocaína deu à costa no litoral atlântico da França em Novembro. As autoridades desconhecem a origem dos embrulhos de droga, naquilo que já está a ser chamada a ser chamada de “maré branca”.
Esta informação foi avançada pelo procurador da cidade de Rennes, Philippe Astruc. Este garantiu que a origem da droga é incerta, não sabe se ocorreu um acidente ou uma descarga voluntária. “O aparecimento de embrulhos de cocaína tem sido observado desde meados de outubro, com uma intensificação desde o dia 04 de novembro”, explicou.
O procurador de Rennes afirmou que “foi estabelecida uma cooperação policial de escala europeia e também com as autoridades norte-americanas” para ajudar a determinar a fonte da mercadoria. “Várias hipóteses são possíveis, mas neste momento privilegiamos uma descarga após uma avaria ou uma tempestade.”
De acordo com as autoridades, o último balanço da droga apreendida apontava para 760 quilogramas na segunda-feira. Agora já ultrapassa uma tonelada. Em termos comparativos, segundo dados do Observatório Francês da Droga e da Toxicodependência (OFDT), em 2018 foram apreendidas 17,5 toneladas de cocaína na França.
Na segunda-feira, um adolescente de 17 anos foi detido com cinco quilos de cocaína, numa praia de Lacanau. Esta praia, dizem as autoridades, está interdita ao público desde a descoberta de pacotes de droga na costa de Gironda. Segundo a polícia, o adolescente deslocou-se propositadamente desde Toulouse, no sudeste da França, tendo sido preso por “detecção e aquisição de substâncias ilegais”
Esta segunda-feira, dezenas de policiais examinaram o areal numa extensão de 13 quilómetros das praias de Porge, para tentar localizar pacotes de cocaína que têm encalhado. A operação envolveu helicópteros das alfandegas e da polícia a vigiar a costa, enquanto as autoridades verificaram o conteúdo dos sacos de quem visitava as praias da região, bem como os veículos estacionados nos parques.
Na cidade de Porge, a 45 quilómetros a oeste de Bordéus, os primeiros pacotes foram encontrados no sábado. O presidente da câmara, Martial Zaninett, emitiu de imediato um despacho a interditar o acesso àquela área. “Os serviços do Estado pediram para proibir o acesso aos 13 quilómetros de costa que temos em Porge, para proteger as praias e por razões de evidente perigo de produtos que chegam às costas”, explicou Zaninett.
C/Publico.pt
