Jornalista da Al-Jazeera morre em ataque israelita na Cisjordânia

Uma jornalista do canal árabe Al-Jazeera morreu, ontem, quando cobria um ataque israelita na cidade de Jenin, na Cisjordânia ocupada. A cadeia de televisão acusa as forças israelitas de “homicídio premeditado” e apela à intervenção internacional.

Shireen Abu Akleh, conhecida repórter palestiniana da Al-Jazeera, morreu baleada na cabeça, durante um ataque israelita, informou o Ministério da Saúde palestiniano. O produtor do canal, Ali al-Samudi, e outro repórter do jornal Al-Quds, de Jerusalém, foram feridos. O primeiro foi “atingido nas costas durante a cobertura e agora está a receber tratamento”. O segundo encontra-se estável. Estavam identificados como jornalistas, usando coletes à prova de bala com a palavra “Press” (Imprensa) escrita.

A Al-Jazeera, rede internacional com sede em Doha, no Catar, acusou Israel de ter matado a jornalista “a sangue frio”, naquilo que considerou “um trágico homicídio premeditado que viola as leis e as normas internacionais”. “Condenamos este crime atroz”, pelo qual “responsabilizamos Israel e as forças de ocupação”, acusou a cadeia de notícias, apelando à comunidade internacional para que “condene e responsabilize as forças de ocupação israelitas por atacar e matar deliberadamente a colega”.

O exército israelita defende ter ripostado a um intenso ataque durante as operações em Jenin. E explicou estar “a investigar o caso e a analisar a possibilidade de os jornalistas terem sido atingidos por atiradores palestinianos”.

As forças de segurança israelitas intensificaram, no último mês, aquilo que apelidam de “operações antiterroristas” na Cisjordânia, particularmente na área de Jenin, em resposta a uma onda de ataques em Israel, desde o final de março, e na qual morreram 18 pessoas.

Fonte:JN

Sair da versão mobile