O primeiro-ministro de Israel anunciou que vai iniciar ofensiva por terra, ar e pelo mar contra a Faixa de Gaza. O prazo para os palestinos desocuparem a parte norte do enclave terminou este sábado, o que causou o deslocamento desesperado de milhares de moradores rumo à fronteira sul, próxima ao Egito. Os bombardeios à região, porém, não cessaram e atingiram até mesmo uma rota de fuga de civis declarada segura pelo exército israelita. Várias pessoas morreram, inclusive crianças e bebês.
“Estão prontos para o que está por vir? Isso vai continuar”, proclamou o Benjamin Netanyahu durante uma visita aos soldados posicionados em frente ao enclave, no oitavo dia de uma guerra que já matou 1.300 israelenses e 2.215 palestinos, incluindo 724 crianças.
À AFP, um porta-voz do Exército, Jonathan Conricus, disse que incursões terrestres localizadas foram realizadas em Gaza e que isso “provavelmente resultará em operações adicionais e importantes de combate”.
Este sábado, o exército israelense anunciou a morte de dois líderes militares do Hamas. Mas penas um nome foi identificado, o de Murad Abu Murad, que teria dirigido o ataque contra as localidades israelenses.
O Hamas informou que 26 reféns dos cerca de 120 capturados, na incursão de 7 de outubro, foram assassinados devido aos bombardeios israelenses, nove deles em 24 horas. O grupo também lançou neste sábado uma série de foguetes partindo de Gaza contra o território israelense. O exército de Israel indicou ter encontrado cadáveres de alguns dos reféns nas operações na Faixa de Gaza.