Israel aprova 22 colonatos na Cisjordânia – a maior expansão em décadas – para “consolidar ainda mais a ocupação”

Israel anunciou a aprovação de 22 novos colonatos judeus na Cisjordânia ocupada, considerada, segundo a CNN, a maior expansão em décadas. Vários dos espaços já existem como postos avançados, construídos sem autorização do governo, mas, adianta o canal informativo, serão agora legalizados ao abrigo da lei israelita, citando o ministro da Defesa, Israel Katz, e o ministro das Finanças, Bezalel Smotrich.

Katz afirma que a instalação dos novos colonatos na Cisjordânia reforça a presença israelita na região e afirma o empenhamento de Israel em garantir a segurança dos centros populacionais. “Trata-se de um passo no sentido de reforçar o nosso eixo oriental e de dar resposta aos atuais desafios em matéria de segurança.”

Em resposta à decisão do Conselho de Ministros israelita de criar 22 novos colonatos, a ONG israelita Peace Now disse ao jornal Guardian que a anexação dos territórios ocupados e a expansão dos colonatos é o “objetivo central” de Israel. A decisão do Conselho de Ministros de criar 22 novos colonatos – a medida mais extensa do género desde os Acordos de Oslo, nos termos dos quais Israel se comprometeu a não criar novos colonatos – irá remodelar drasticamente a Cisjordânia e consolidar ainda mais a ocupação, na perspectiva da ONG.

“Numa altura em que tanto a opinião pública israelita como a comunidade internacional apelam a um fim imediato da guerra, o governo deixa claro – uma vez mais e sem restrições – que prefere aprofundar a ocupação e avançar com a anexação de facto a procurar a paz.”

A questão dos colonatos – que são amplamente considerados ilegais ao abrigo do direito internacional, embora Israel o conteste – é uma das áreas mais controversas de disputa entre Israel e os palestinianos. Desde que ocupou a Cisjordânia e Jerusalém Oriental – terras que os palestinianos querem como parte de um futuro Estado -, Israel construiu cerca de 160 colonatos, que albergam cerca de 700 mil judeus.

C/CNN.pt

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