Ilhas dos Bijagós da Guiné-Bissau e Parque Nacional de Maputo elevados a Património Mundial Natural

O Comité do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unicef) elevou, no Domingo, durante a 47.ª reunião da organização que decorre em Paris, as ilhas dos Bijagós, na Guiné-Bissau e o Parque Nacional de Maputo, a Património Mundial Natural. Estes dois marcos históricos já foram enaltecidos pelo Presidente da República, José Maria Neves, nas suas redes sociais. 

O processo foi conduzido pelo Instituto da Biodiversidade e das Áreas Protegidas (IBAP), que tem sido parceiro principal do Governo da Guiné Bissau nesta caminhada pela preservação do ecossistema, como também tem trabalhado para manter o equilíbrio e melhor convivência entre o homem, a natureza e as práticas ancestrais, permitindo a integração ecológica deste único património.

“As ilhas de João Vieira e Poilão, Orango e Urok foram as escolhidas para a candidatura, e a sua importância reside no facto de serem cruciais para a reprodução e alimentação de várias espécies ameaçadas, como tartarugas marinhas, hipopótamos marinhos, tubarões e raias,” escreveu o Chefe de Estado, compartilhando a alegria das autoridades e do povo da Guiné Bissau.

O compromisso e as responsabilidades irão aumentar nesse sentido. Também são aguardados mais e melhores investimentos nacionais e internacionais nesta área, sempre preservando a biodiversidade e a cultura existente, perspectivou por seu turno o ministro do Ambiente, Viriato Cassamá. 

Já sendo Reserva da Biosfera, depois de algumas candidaturas ao comité, o arquipélago dos Bijagós, localizado na área insular do país, é constituído por com 88 ilhas, das quais 21 são as habitadas da Guiné-Bissau. A área insular e parte que também se encontra no território continental, têm desde sido observadas e preservadas devido à sua riqueza na biodiversidade e o seu ecossistema.

Relativamente ao Parque Nacional de Maputo, justifica a Unicef, inclui ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos, e abriga quase 5.000 espécies, incluindo lagos, lagoas, mangais e recifes de corais. Possui ainda praias, dunas, pântanos, extensas zonas húmidas e ervas, e contempla os valores de conservação de iSimangaliso – parque contíguo da África do Sul -, que já tem estatuto de património mundial. 

Sair da versão mobile