Guiné-Bissau/Eleições: Líder do PAIGC diz que demissão do Governo foi assinada por candidato e não por PR

O presidente do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, disse que o decreto de demissão do Governo guineense foi assinado pelo candidato José Mário Vaz e não pelo Presidente. “Não é o Presidente que assina o decreto, é um candidato. O Presidente continua em funções com base no consenso de Abuja”, afirmou Domingos Simões Pereira em conversa com a Lusa.

O Presidente guineense terminou o seu mandato em 23 de junho, mas na cimeira de chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), realizada em Abuja em 29 de junho, foi determinado que José Mário Vaz continuaria em funções até à realização de presidenciais. No entanto, este foi acordado que este tem de deixar a gestão das questões governamentais para o Primeiro-ministro e o para o Governo, que saiu das legislativas de 10 de março.

Apesar disso, o Presidente José Mário Vaz enviou um decreto presidencial à imprensa na sequência de uma reunião do Conselho de Estado, comunicando a demissão do Governo liderado pelo primeiro-ministro, Aristides Gomes. Na nota, este alegava que a situação na Guiné-Bissau não é boa e a demissão visa “evitar o pior”, “pois está “em causa o normal funcionamento das instituições da república”.

Já o primeiro-ministro publicou na sua página oficial da rede social Facebook fotos de reuniões de trabalho, escrevendo que hoje é “mais um dia de serviço à Nação”, horas depois de ter sido demitido por decreto presidencial. “No palácio do Governo para mais um dia de serviço à Nação. Viva a Guiné-Bissau. Viva a Democracia. Viva a ordem constitucional” escreveu Aristides Gomes, informando horas depois que tinha um encontro de trabalho com o embaixador da Nigéria.

C/Lusa

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