Franceses votam este domingo na segunda volta das presidenciais

Os eleitores franceses são hoje chamados novamente às urnas para escolher o futuro presidente da França numa segunda volta que, tal como aconteceu em 2017, é disputada pelo centrista Emmanuel Macron e pela líder da extrema-direita Marine Le Pen.

Os 48,7 milhões de eleitores vão escolher o futuro presidente da França numa segunda volta que, tal como em 2017, é disputada pelo centrista Emmanuel Macron e pela líder da extrema-direita Marine Le Pen. Na primeira volta, realizada a 10 de abril, Macron, o presidente cessante, foi o mais votado dos 12 candidatos, obtendo 27,85% dos votos, seguido de Le Pen, com 23,15%, segundo os resultados oficiais.

A campanha para esta segunda volta ficou marcada pelo único debate entre os dois políticos. O poder de compra dos franceses, a guerra na Ucrânia, a gestão da pandemia, a segurança ou a imigração foram alguns dos temas que dominaram o debate entre os dois candidatos que, segundo a maioria dos estudos de opinião efetuados logo após o frente-a-frente, foi vencido pelo actual presidente.

No contacto com os eleitores, os dois candidatos dramatizaram o discurso e lançaram todos os esforços para conquistar os votos dos apoiantes de Jean-Luc Mélenchon (esquerda radical), que na primeira volta das eleições foi o terceiro mais votado (22%), e mobilizar os abstencionistas.

As últimas sondagens mostram que Emmanuel Macron tem entre 10 e 15% de vantagem na intenção de  voto face a Marine Le Pen. A sondagem com maior distância entre o atual presidente e a líder da extrema-direita é o estudo elaborado pelo gabinete Ipsos-Sopra Steria para a rádio Franceinfo e para o jornal Le Parisien, com Macron a chegar a 57% da intenção de votos e Le Pen a ter 43%.

A par das questões internas, o resultado da eleição presidencial terá implicações internacionais, numa altura em que o mundo testemunha um conflito na Europa, após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. É que a França é a segunda economia do bloco de 27 membros da União Europeia (UE), a única com veto no Conselho de Segurança da ONU e a sua única potência nuclear.

O país detém atualmente a presidência semestral do Conselho da UE.

C/cnnportugual.iol.pt

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