França anuncia morte de Al Saharaui, líder do Estado Islâmico no Sahel

A França anunciou esta quinta-feira a morte de Al Saharaui, o líder islâmico no Sahel, África, através de uma mensagem publicada pelo próprio Presidente Emmanuel Macron no Twitter. Macron escreveu que Adnan Abou Walid al Sahraoui, chefe do grupo terrorista Estado Islâmico na Grande Sahara, foi neutralizado pelas forças francesas. “Trata-se de um novo sucesso grandioso no combate que encetamos contra os grupos terroristas no Sahel”, salienta Macron.

O líder jihadista terá sido morto durante uma operação militar em agosto, no Sahel, com recurso a um drone. A ministra da Defesa de França, Florence Parly, considera que a morte de Al Sahraoui representa “um golpe decisivo para a liderança do Estado Islâmico no Sahel, mas também para a sua coesão”. O grupo extremista foi responsável pela morte de dois mil a três mil civis desde 2013.

O grupo ao qual Adnan Abou Walid al Sahraoui pertencia foi responsável pelos maiores atentados em Malí, Niger e Burkina Faso, na África. No dia 9 de agosto de 2020, o grupo terrorista matou seis trabalhadores franceses e dois cidadãos nigerianos na reserva natural de Kouré. O governo francês prometeu processar os responsáveis.

Entre junho e julho deste ano, juntamente com o Exército da Nigéria, a operação francesa Barkhane atingiu em força o Estado Islâmico do Grande Saara (EIGS) na zona das três fronteiras, assassinando, pelo menos, dois importantes tenentes. No entanto, Adnan Abou Walid al Sahraoui ainda era um grande alvo das forças militares. Os relatórios apontavam que o líder se deslocava com grande facilidade entre as fronteiras dos países onde estavam localizadas as suas bases, Menaka e norte da região de Tillabéri, no Níger.

De acordo com Florence Parly, a ofensiva francesa decorreu em “meados de agosto”, após uma “longa manobra de inteligência”. O líder terrorista circulava num motociclo e foi atingido por um drone no sul do Indekimane, no Mali, na área das três fronteiras, referiu o Chefe do Estado-Maior francês.

O líder tinha pouco menos de 50 anos e era um dos fundadores do grupo terrorista Movimento pela Unidade da Jihad na África Ocidental.

C/Jn.pt

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