A Finlândia e a Suécia apresentaram formalmente suas propostas de adesão à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Nato). Com a decisão, abandonam décadas de neutralidade estratégica, para abraçar esta aliança militar, em uma transformação rápida provocada pela invasão da Ucrânia pela Rússia. O Secretario-geral da Nato, Jens Stoltenberg, classificou o momento de “histórico”.
“Saúdo calorosamente os pedidos da Finlândia e da Suécia para aderir à Nato. Vocês são os nossos parceiros mais próximos, e a vossa adesão à Aliança vai aumentar a nossa segurança partilhada. As candidaturas que apresentaram hoje são um passo histórico”, declarou Stoltenberg, numa breve cerimónia em Bruxelas.
O secretário-geral da organização garantiu que os 30 países membros da organização estão determinados em trabalhar em todas as questões do processo de alargamento e em alcançar conclusões rápidas, isto numa altura em que a Turquia ainda coloca obstáculos à esta dupla adesão.
Estes dois estados nórdicos, que têm relações estreitas com a Nato, mas permaneceram não alinhados militarmente por longos anos, viram a opinião pública inclinar-se a favor da adesão à aliança, desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia abalou a segurança europeia.
Se forem admitidos, marcarão a expansão mais significativa da Aliança Atlântica Norte em quase duas décadas, aumentando o número de membros da organização para 32 nações e acrescentando centenas de quilômetros adicionais de fronteira com a Rússia.
De recordar que um dos objetivos russos para justificar a invasão da Ucrânia, em 24 de fevereiro, foi impedir o país vizinho de aderir à Nato.
C/Expresso e Agências internacionais