EUA entram na guerra ao lado de Israel e atacam três instalações nucleares do Irão

Os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra entre Israel e Irão com ataques realizados ontem, sábado, contra as três instalações nucleares iranianas Fordo, Natanz e Esfahan. A informação foi avançada pelo Presidente norte-americano Donald Trump, segundo o qual todos os aviões envolvidos saíram sem danos do espaço aéreo do Irão.

“Todos ouviram esses nomes durante anos, enquanto construíam este horrível empreendimento destrutivo. O nosso objetivo era a destruição das instalações de enriquecimento nuclear do Irão. Os ataques foram um sucesso militar espetacular”, declarou o líder norte-americano num discurso televisivo. Acrescentou que as principais instalações de enriquecimento de urânio de Teerão foram “total e completamente destruídas”.

Pouco mais de uma semana depois de Israel ter atacado o Irão com o argumento de impedir a República Islâmica de desenvolver a bomba nuclear, e após ataques cruzados entre os dois países, os EUA resolveram entrar no conflito ao lado do aliado israelita. A decisão surge ao nono dia de ataques de Israel ao Irão, que tentaram erradicar sistematicamente as defesas aéreas e as capacidades de mísseis ofensivos do país, ao mesmo tempo que danificaram várias instalações de enriquecimento nuclear.

Bombardeiros “Stealth” e uma bomba com mais de 10 toneladas, que só estas aeronaves conseguem transportar, foram usados nos ataques. Os B-2 foram referidos desde o início da guerra como a melhor arma com capacidade para destruir esses locais fortemente fortificados ligados ao programa nuclear iraniano. Tratam-se de instalações enterradas por vários metros no subsolo, como é o caso da central nuclear de Fordo, situada a menos de 100 quilómetros a sul de Teerão.

Trump chegou à Casa Branca com a promessa de manter a América fora de conflitos estrangeiros dispendiosos, mas surpreendeu até mesmo as suas bases de apoio com a medida. Advertiu ainda Teerão contra eventuais retaliações contra os EUA, sublinhando que o Irão tem de escolher entre “paz ou tragédia” numa comunicação em que surgiu ao lado do vice-presidente, JD Vance, do secretário de Estado, Marco Rubio, e do secretário da Defesa, Pete Hegseth.

Irão confirmou os ataques, tendo o seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Araghchi, afirmado que Teerão está a reservar “todas as opções para defender a sua soberania”. Nas suas palavras, os acontecimentos são ultrajantes e garantiu que terão consequências duradouras.

Araghchi disse na rede social X que todos os membros da ONU devem estar alarmados com este comportamento extremamente perigoso, ilegal e criminoso e enfatizou que os EUA “cometeram uma grave violação” da Carta das Nações Unidas como membro do Conselho de Segurança da ONU.

C/Sábado.pt, Globo.com e Dn.pt

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