A Justiça espanhola está a
investigar a ingerência dos serviços de informações russos no processo
independentista da Catalunha. Em causa está a presença de um destacado agente
do GRU em Barcelona nas vésperas do referendo ilegal sobre a independência de
2017, avançou o jornal o El País.
Sergey Fedotov, membro da
‘Unidade 29155’ do GRU, os serviços de espionagem militar russos, chegou à
capital catalã a 29 de setembro de 2017, três dias antes do referendo, e só
regressou a Moscovo no dia 9 de outubro, escreve o jornal. Já tinha estado
cerca de um ano antes em Barcelona, desconhecendo-se as suas ações ou quem
falou nas duas ocasiões, prossegues.
As autoridades espanholas detetaram na altura manifestações de apoio à independência da Catalunha em contas das redes sociais vinculadas com os serviços de informações russos. Um ex-assessor do ex-líder catalão Carles Puigdemont, Víctor Terradellas, chegou a ser investigado por supostas ligações a Moscovo.
A ‘Unidade 29155’ do GRU é acusada de estar por detrás de manobras de desestabilização na Europa, incluindo a tentativa de golpe de Estado em Montenegro em 2016 e de envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal no Reino Unido em 2018. Terá ainda estado por detrás das tentativas de manipulação do referendo Brexit e das eleições presidenciais nos EUA.
C/CM