Embaixada dos EUA na Praia confirma libertação de Alex Saab e reconhece “sacrifícios consideráveis” feitos por CV no processo legal

A Embaixada dos EUA na Praia acaba de confirmar que Alex Saab foi libertado no dia 20 de dezembro como parte de uma troca feita com a Venezuela para devolver à liberdade vários cidadãos norte-americanos detidos neste país.  A representação diplomática em Cabo Verde afirma que “a difícil decisão de libertar Saab” aconteceu depois de terem sido exploradas muitas outras opções e que essa foi a única forma de garantir a libertação dos norte-americanos.  “Esta ação ocorreu no contexto da discussão diplomática em curso com representantes de Maduro sobre a criação de condições para eleições venezuelanas competitivas em 2024.” 

No comunicado, a Embaixada realça que os Estados Unidos reconhecem os “sacrifícios consideráveis” feitos por Cabo Verde ao longo do processo legal de 16 meses, que culminou na extradição de Saab para os Estados Unidos para ser submetido a julgamento por branqueamento de capitais e lavagem de dinheiro. A nota salienta ainda que o empresário colombiano, nacionalizado venezuelano, encetou uma “bem documentada campanha de desinformação e pressão internacional” visando influenciar o processo judicial e a opinião pública e manchar a reputação internacional de Cabo Verde. 

Apesar disso, entende os Estados Unidos que, o governo e o sistema jurídico de Cabo Verde demonstraram um “compromisso impressionante com a transparência, o Estado de direito e a proteção dos direitos legais e humanos de Saab”. 

Os Estados Unidos aproveitaram a oportunidade para reafirmar a sua relação de longo prazo de cooperação com Cabo Verde e reiteraram o seu “firme compromisso” de continuar a fortalecer a parceria estratégica com Cabo Verde, que classificam como um modelo regional de governação democrática.  Capturado na ilha do Sal a 12 de junho de 2020 e extraditado a 16 de Outubro de 2021 para os EUA, Alex Saab foi solto ontem em troca da libertação pela Venezuela de 10 cidadãos norte-americanos, de um fugitivo e de ainda 21 presos políticos, incluindo sindicalistas e opositores ao regime do Presidente Nicolás Maduro.

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