O presidente do Quénia, Uhuru Kenyatta, informou há momentos que os responsáveis por um ataque a um complexo hoteleiro em Nairobi foram mortos e colocado um ponto final à crise dos refens, que durou 19 horas. O Chefe de Estado acrescentou ainda que 14 civis morreram no ataque reivindicado pelo grupo terrorista Al-Shabaab.
“A operação de segurança no complexo DusitD2 terminou e todos os terroristas foram eliminados. Temos a confirmação de que 14 vidas inocentes foram perdidas às mãos destes terroristas assassinos”, disse Kenyatta num discurso televisivo, que fala ainda de feridos, sem especificar o número. Segundo o Presidente, mais de 700 civis foram resgatados do complexo.
O ataque começou às 15h locais de terça-feira. Quatro homens armados atiraram bombas sobre veículos no parque de estacionamento antes de se dirigirem ao lobby do hotel, onde um deles se fez explodir, segundo a Polícia. De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, um cidadão dos EUA está entre as vítimas mortais.
Cerca das 23h locais, um responsável do Ministério da Segurança Interna disse que todos os edifícios do complexo estavam seguros. “A situação está sob controlo e o país está seguro. O terrorismo nunca nos derrotará”, garantiu. No entanto, uma hora depois foram ouvidos disparos e explosões esporádicas na zona.
O grupo Al-Shabaab opõe-se ao Governo da Somália, mas já levou a cabo ataques noutros países do leste africano. A confirmar-se a autoria, o ataque ao hotel no Quénia será o mais recente exemplo.
Em setembro de 2013, elementos do grupo irromperam pelo centro comercial Westgate em Nairobi. Durante um cerco que se prolongou por mais de três dias, 67 pessoas foram mortas.
Dois anos mais tarde, o Al-Shabaab realizou o seu ataque mais sangrento no Quénia, ao matar quase 150 pessoas na Universidade de Garissa.
C/Expresso.pt