A Guiné-Bissau está mergulhada numa nova crise política, a menos de um mês das Presidenciais, após a decisão do Presidente José Mário Vaz de exonerar o governo liderado pelo Primeiro-ministro. Aristides Gomes recusa abandonar o cargo e conta com o apoio da comunidade internacional, incluindo Portugal.
Em comunicado, José Mário Vaz justificou a decisão de exonerar Aristides Gomes com a “grave crise política que coloca em causa o normal funcionamento das instituições da República” e responsabiliza o PM pela “mortífera repressão policial contra uma marcha de cidadãos indefesos” que no sábado fez um morto em Bissau.
Aristides Gomes, que já na semana passada tinha denunciado uma tentativa de golpe de Estado para travar as Presidenciais de 24 de novembro, diz que a decisão de Vaz é “nula e inválida”, uma vez que o presidente terminou o mandato a 23 de junho, tendo permanecido no cargo apenas com funções protocolares até às eleições no âmbito de um acordo mediado pela CEDEAO.
Esta organização considerou esta terça-feira, 29, ilegal a decisão de presidente guineense, tal como o governo português, que deixou claro que não reconhece o novo executivo liderado por Faustino Imbaló, o nome escolhido por Vaz para liderar o governo após a exoneração de Gomes.
C/CM.pt