O ciclone Chico, que fustigou o territorio ultramarino francês de Mayotte com ventos superiores a 220 km/h, fez 14 mortos, mais de 200 feridos e deixou o sistema de saúde muito degradado. Este arrancou ainda os telhados de casas no arquipélago, que tem uma população de pouco mais de 300 mil habitantes.
De acordo com a imprensa, as operações de limpeza no territorio já começaram. Imagens divulgadas pela agência francesa de proteção civil mostram os serviços de salvamento e as forças armadas a limparem os destroços e as árvores espalhadas pelas ruas. A situação do sistema de saude está “muito degradada com um hospital destruído e centros médicos inoperantes”, disse esta segunda-feira a ministra da Saúde da França.
“O hospital sofreu danos significativos de água e também degradação, nomeadamente nas áreas de cirurgia, reanimação, urgência, maternidade, partes essenciais do funcionamento do hospital”, descreveu Geneviève Darrieussecq, ao canal França 2, mostrando-se preocupada com a situação, mas garantiu que o equipamento continua a funcionar. “Apesar de tudo [o hospital] continua a funcionar ainda que de forma precária”, disse a governante que também descreveu a existência de “centros médicos inoperantes”.
De acordo com a agência EPA, pelo menos 14 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas à passagem do ciclone. Esta refere ainda que França se prepara agora para lidar com as consequências de uma das suas maiores catástrofes humanitárias deste século, após a passagem, no sábado, do ciclone tropical Chido nas ilhas de Mayotte, arquipélago no Oceano Índico entre Madagascar e a costa de Moçambique, onde, segundo estimativas da delegação governamental do departamento, se teme que haja “várias centenas de mortos”.
O delegado do Governo francês em Mayotte, François-Xavier Bieuville, afirmou que será “difícil” fazer um balanço final e que, na pior das hipóteses, o número de mortos será “próximo de um milhar ou mesmo de vários milhares”. Caso de se confirmarem estes números, o Chido em Mayotte ficará para a história como uma das piores catástrofes do século XXI em território francês.
De acordo com os serviços meteorológicos franceses, o Chido trouxe ventos superiores a 220 km/h, arrancando telhados de casas no arquipélago, que tem uma população de pouco mais de 300 mil habitantes. Em algumas áreas, bairros inteiros de barracas e cabanas de metal foram arrasados, enquanto os residentes relataram que muitas árvores foram arrancadas, barcos viraram ou afundaram e o fornecimento de eletricidade foi interrompido.
C/Agências