Astro do cinema Alan Delon morreu aos 88 anos

O ator francês Alain Delon, que ficou mundialmente conhecido por sua atuação no filme “O sol por testemunha”, morreu neste domingo, aos 88 anos, em sua casa em Douchy-Montcorbon, na França. O anúncio foi feito pelos filhos do artista à imprensa francesa, sem avançar a causa da morte.

Considerado um ícone do cinema europeu e um dos maiores galãs do cinema mundial, Delon estava com a saúde debilitada desde 2019 por conta de um AVC. Segundo a nota, o ator morreu em paz, em casa, rodeado pela família. “Alain Fabien, Anouchka, Anthony, assim como (seu cachorro) Loubo, têm a imensa tristeza de anunciar a partida de seu pai. Ele faleceu pacificamente em sua casa em Douchy, cercado por seus três filhos e sua família (…) A família pede gentilmente que sua privacidade seja respeitada neste momento extremamente doloroso de luto”, disse a família em comunicado à imprensa.

Sua última aparição foi para receber uma Palma de Ouro honorária no Festival de Cinema de Cannes, em maio de 2019. Após sofrer um AVC no mesmo ano, passou a viver recluso em sua propriedade, e sua família chegou a declarar que ele manifestou o desejo de se submeter ao suicídio assistido.

Alan Delon ficou conhecido por ter estrelado mais de 80 filmes em cinco décadas. Nasceu em 8 de novembro de 1935 na comuna de Sceaux, próxima a Paris. Passou seus anos escolares em meio às tensões da Segunda Guerra Mundial, quando a França foi ocupada pelo exército nazista, e aos 17 anos desistiu de ser aprendiz de açougueiro para se alistar na Marinha Francesa.

Acabou enviado para a então Indochina — região colonial que englobava os atuais Vietnã, Laos e Camboja — para derrotar aqueles que lutavam por independência contra os imperialistas. Dispensado dois anos depois, em 1955, passou um breve período entre trabalhos temporários até ser convidado por um amigo ator para o acompanhar no Festival de Cannes de 1957. 

Lá, a sua aparência distinta chamou atenção de um caçador de talentos do produtor americano David O. Selznick, que o prometeu um contrato na América caso aprendesse a falar inglês.

C/Agências

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