Alunas envenenadas no Irão para provocar encerramento de escolas femininas

Centenas de estudantes de escolas femininas na cidade sagrada de Qom, no centro do Irão, foram envenenadas nos últimos meses para provocar o encerramento desses centros de ensino, anunciaram as autoridades sanitárias do país. Segundo as informações das agências de notícias locais em Tasnim e Mehr, dezenas de raparigas foram transferidas para hospitais nas províncias de Hamedan (oeste), Zanjan e oeste de Azebaidjan (noroeste), Fars (sul) e Alborz (norte).

Desde o fim de novembro, a imprensa Iraniana vêm reportando dezenas de casos de envenenamento pela via respiratória de meninas nas escolas de Qom. Algumas das alunas chegaram a ser hospitalizadas. Em fevereiro, os pais se manifestaram em frente à administração da cidade para exigir explicações das autoridades, afirmou Agência de Notícias da República Islâmica (Irna). 

De imediato, o porta-voz do governo, Ali Bahadori Jahromi, anunciou que os ministérios de Inteligência e Educação estavam a cooperar para descobrir a origem dos envenenamentos. Este garantiu que o estado geral de saúde das estudantes, que sofrem de problemas respiratórios, tonturas ou dores de cabeça, não é considerado grave, mas esta situação eleva-se para centenas de casos de intoxicação por gás em várias escolas do país nos últimos três meses, especialmente na cidade de Qom. 

De acordo com a Irna, com base nas investigações, Younes Panahi, vice-ministro da Saúde, deixou implícito que o envenenamento das alunas em Qom foi intencional. “Descobriu-se que certos indivíduos queriam que todas as escolas, em particular as femininas, fechassem”, declarou Panahi. O envenenamento foi causado por “substâncias químicas disponíveis e não de uso militar, nem é contagioso ou transmissível”, acrescentou, sem dar mais detalhes.

Nenhuma prisão foi anunciada até agora.

C/Agências Internacionais

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