Aliança Democrática vence as eleições em Portugal por margem mínima 

A Aliança Democrática (AD) venceu a corrida eleitoral de domingo em Portugal, com 29,5% de votos e 79 deputados, abrindo o caminho a Luís Montenegro para ser indigitado como próximo primeiro-ministro, destronando o Partido Socialista que governou aquele país nos últimos 19 anos. O destaque vai no entanto para o aumento de número exponencial de votos no Chega e do crescimento significativo do Livre, e também para a mais baixa abstenção registada desde há 25 anos.

Com uma vitória à justa, a Aliança Democrática, que inclui o Partido Social Democrata (PSD) conquistou mais duas cadeiras no parlamento, enquanto o PS conquistou cerca de 28% e conseguiu eleger 77 deputados, perdendo 44 cadeiras. O Chega excedeu as previsões mais optimistas e conquistou mais de um milhão de votos e 18,01%, quadruplicando o seu grupo parlamentar, que passa de 12 para 48 dos 230 deputados da Assembleia da República. E é hoje a terceira força política em Portugal.

Já a Iniciativa Liberal (IL) reelegeu oito deputados e conseguiu 5,08% da votação  (312.033 votos), mantendo-se assim como a quarta força política em Portugal. O Bloco de Esquerda  conquistou 4,46%, com cerca de 274 mil votos, subindo em cerca de 30 mil votos face às últimas legislativas e mantendo os mesmos cinco mandatos, fixando-se como quinta força política.

Mas a grande surpresa da noite eleitoral foi o Livre (L) com um dos melhores resultados desta eleição. Conquistando pela primeira vez um inédito grupo parlamentar de quatro mandatos, o Livre obteve 3,26%, o equivalente a 199.890 votos. A CDU obteve 3,30%, com 202.565 votos e reduziu a sua força parlamentar para quatro deputados – e com uma percentagem abaixo dos resultados de 2022. Enquanto o PAN – Pessoas, Animais e Natureza conquistou 1,93% (118.574 votos), manteve uma deputada, falhando o objetivo a que se tinha proposto de voltar a formar grupo parlamentar.

Faltam ainda contabilizar os círculos eleitorais da Europa e do resto do mundo, ficando por atribuir ainda quatro mandatos – resultados esses que serão conhecidos a 20 de março. Destaque para a grande participação dos eleitores nestas eleições legislativas, com mais de 10,8 milhões de votantes a irem às urnas para eleger os 230 deputados da Assembleia da República.

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