Acusado de traição, futebolista iraniano é condenado à morte

Amir Nasr-Azadani foi esta terça-feira acusado de traição e condenado à morte depois de participar numa manifestação a contestar a morte de Mahsa Amini. FIFPro diz-se “chocada” com a sentença.

O número de manifestantes acusados pelo Irão à pena capital continua a aumentar desde que foram despoletados os protestos pela morte polémica da jovem Mahsa Amini. As notícias mais recentes dão conta que o jogador iraniano Amir Nasr-Azadani, de 26 anos, está incluído num grupo de nove réus – no qual também está o actor Hossein Mohammadi – acusados pela morte de três polícias durante uma manifestação, em novembro, a favor dos direitos das mulheres.

Amir foi detido dias após a ocorrência, também acusado de pertencer a um “grupo armado e organizado que tem a intenção de atacar a República Islâmica do Irão” e de actuar com a intenção de afetar a segurança do país e da sociedade.

A agência italiana ANSA garantiu que a execução da sentença estará “iminente” e a FIFPro emitiu um comunicado no qual se manifestou “chocada”, exigindo a anulação imediata da sentença.

O Irão foi abalado por uma vaga de protestos após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, três dias após ser detida por ter infringido o estrito código sobre o uso de vestuário feminino previsto nas leis da República islâmica, em particular o uso do véu. A família diz que Mahsa foi espancada até à morte durante a detenção. A polícia garante que morreu de ataque cardíaco e negou ter exercido violência, enquanto responsáveis oficiais indicaram que o incidente está sob investigação.

C/Jn.pt

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