650 mil pessoas morreram por complicações devido à Sida em 2021

O Programa das Nações Unidas de Combate ao VIH/Sida revelou que em 2021 foram registradas 1,5 milhão de novas infecções por HIV no mundo, número que representa um milhão a mais do que o esperado para o período. Diz inda que no mesmo período 650 mil pessoas morreram. A pandemia e outras crises globais fizeram com que a luta pela erradicação do vírus da Sida perdesse terreno, atrasando o cumprimento das metas estipuladas, lê-se no site das Nações Unidas.

De acordo com o relatório anual desta organização, o número total de novas infeções no ano passado foi semelhante ao registado em 2020, enquanto as mortes caíram 5,79%, embora a taxa de mortalidade tenha sido observada especialmente alarmante entre as crianças.  O grupo mais afetado em termos de novas infecções foram mulheres jovens e meninas adolescentes, contabilizando uma infecção a cada dois minutos. Na África Subsaariana, esse grupo feminino é três vezes mais propenso a contrair uma infecção pelo HIV do que meninos adolescentes e homens jovens.

O relatório “Em Perigo” revelou que em 2021 uma pessoa morreu por minuto em decorrência da Sida, totalizando 650 mil mortes. A análise evidencia que a crise causada pela pandemia agravou as disparidades sociais, atrasando o progresso na resposta ao vírus e acentuando desigualdades. “O fardo de HIV nas famílias mais pobres cresceu, em parte devido às dificuldades que as pessoas de menor renda enfrentam no acesso aos serviços de HIV e à proteção social de que precisam”, destaca o sumário executivo da Estratégia Global da Sida 2021-2026.

O documento que traz as atualizações a respeito das infecções pelo mundo demonstrou que o número de casos cresceu na Europa Oriental, Ásia Central, Oriente Médio, norte da África e América Latina. Na Austrália, Canadá e Estados Unidos, os maiores percentuais de infecção são entre as comunidades indígenas. As desigualdades raciais também impactam nos riscos, uma vez que a diminuição de novos casos da doença foi maior entre as populações brancas do que entre os negros.

No total, 38,4 milhões de pessoas têm o vírus no mundo, de acordo com as últimas estatísticas, 1.5% a mais do que em 2020, quando a doença afetava cerca de 37,8 milhões de pessoas, segundo o relatório apresentado dois dias antes do Dia Mundial de Combate à Sida, que se assinala em 01 de dezembro.

Fonte: news.un.org/pt

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