Germano Almeida afirma que foi para casa em concertação com o HBS: Resultados das análises chegam hoje de Portugal

O escritor Germano Almeida negou que tenha saído intempestivamente do hospital e ido para casa porque estava chateado com a alegada falta de atenção do estabelecimento de saúde para com o seu caso. Em conversa telefónica com Mindelinsite, assegurou que foi para a sua residência anteontem após concertação com a directora do HBS. “Isso é um autêntico disparate”, responde Germano Almeida, assegurando que se encontra bem e que neste momento não apresenta nenhum sintoma típica de infecção pelo novo coronavírus. Mesmo assim garante que ele e os restantes familiares com os quais teve contacto desde que regressou de Portugal – onde há fortes desconfianças de ter contraído o Covid-19 – vão continuar a cumprir o período de quarentena em casa.

Em princípio, todas as dúvidas sobre o seu estado clínico serão esclarecidas hoje com a chegada dos resultados das análises efectuadas em Portugal. Almeida parece estar optimista porque, diz, sente-se bem, sem quaisquer sintomas da doença. Quando regressou da Europa estava com uma ligeira gripe e alguma dificuldade respiratória, que, diz, foram desaparecendo.

Desde segunda-feira que o premiado escritor cabo-verdiano estava internado. Foi ele próprio quem telefonou às autoridades sanitárias quando desembarcou em S. Vicente e mostrou disponibilidade em fazer a quarentena devido ao contacto estreito que teve com o colega chileno Luís Sepulveda no encontro internacional de escritores “Correntes d´Escritas”, que foi diagnosticado com o coronavírus. Apesar da ameaça que pesa sobre a sua cabeça, Almeida tem estado animado e optimista. Como ele salientou a este jornal, não gostaria de ficar na história como a pessoa que trouxe o coronavírus para Cabo Verde.

Abordado sobre o caso, o Delegado da Saúde de S. Vicente frisou que o internamento e a alta de um paciente é da estrita competência do hospital. Segundo Elísio Silva, a parte que compete à Delegacia de Saúde vai até o internamento. No tocante às análises clínicas, esse médico realçou que não tem a certeza se já chegaram de Portugal e que essa informação pode ser fornecida também pela direcção do HBS.

No entanto, foi impossível ao Mindelinsite falar com a directora do estabelecimento hospitalar, apesar das chamadas telefónicas feitas por dois jornalistas esta manhã tanto para o seu telemóvel como para o da assessora de imprensa do HBS.

Kim-Zé Brito

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