UCS promete estabilizar os transportes aéreos interilhas até final do ano 

Até o final deste ano os transportes aéreos interilhas estarão estabilizados em Cabo Verde,  com uma nova empresa de capitais públicos, anunciou o Primeiro-ministro, que prometeu ainda mais de aviões para solidificar a conectividade.  Aliás, segundo Correia e Silva, está-se a estudar a possibilidade de introdução no país de aparelhos adaptados às ilhas com um fluxo menor de passageiros. 

 O Chefe do Governo acredita que é desta que se vai resolver os problemas dos transportes aéreos interilhas porque medidas assertivas estão a ser tomadas. Diz, no entanto, que o importante é garantir o transporte, e nunca houve rupturas. “Se hoje temos uma companhia aérea e amanhã outra, o importante é que haja continuidade e crescimento. Adoptamos agora uma solução que pensamos ser mais estruturante, durável e sustentável de criar uma companhia aérea de capitais públicos, que vai fazer a transição entre aquilo que a TACV está a fazer, com a solução próxima, com mais aparelhos.”

Segundo Correia e Silva, a TACV está a operar com dois ATRs, em regime de ‘dry leasing”, que vai evoluir para o ‘wet leasing’, ou seja, da sua propriedade e com tripulação nacional. “Vai haver um aumento de aparelhos. Está-se a estudar a possibilidade de introdução de um avião mais ajustado às ilhas com pequeno fluxo, caso do Maio e São Nicolau”, detalhou, frisando que os transportes aéreos e marítimos interilhas são áreas de soberania onde não pode haver falhas e nem descontinuidade. 

Relativamente às ilhas com menor procura por transportes aéreos, garantiu, este serviço deverá ser compensado para permitir tenham ligações. No caso, haverá aparelhos adaptados e, ao mesmo tempo, um sistema de subvenção para que as companhias possam operar nas mesmas condições, ainda que com capacidade mais reduzida. “Esta arquitetura está a ser montada e estou ciente que, até o final do ano, teremos a estabilização e o desenvolvimento dos nossos transportes aéreos interilhas”, assegurou.

Quanto aos transportes marítimos interilhas, explicou que o Governo optou por um sistema de concessão do serviço público. Neste sentido, foi lançado um concurso internacional e a empresa que venceu está a operar. Admite, no entanto, que a resposta ainda não é a esperada. “Estamos num processo de aquisição de mais embarcações para elevar o nível da capacidade de oferta e garantir maior regularidade, evitando assim aquilo que de vez enquanto estamos sujeitos.”

O PM deixa entretanto claro que, no sector dos transportes, há avarias, manutenções e reparações e, com apenas dois aparelhos, o país está sujeito a problemas, pelo que é preciso ganhar escala e dimensão para conquistar a tranquilidade e a estabilidade nas ligações interilhas. 

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