A PRIMAVERA BSS apresentou ontem na cidade do Mindelo a versão 10 do software de gestão para 120 representantes de dezenas de clientes das soluções tecnológicas desenvolvidas por essa empresa portuguesa. A demanda surpreendeu Felicidade Ferreira, country manager para Cabo Verde, que considerou essa resposta “fantástica”. “Ter esta casa cheia significa que há uma vontade enorme das pessoas de estar com a PRIMAVERA. Mobilizar tantas empresas dá-nos satisfação porque isso já começa a ser difícil até mesmo em Portugal”, frisa Ferreira, que também tem na sua alçada os mercados de Portugal, São Tomé e Príncipe e Guiné-Bissau.
A v10, sigla da nova versão do ERP, foi apresentada como uma plataforma moderna, que junta o melhor do licenciamento perpétuo e da Cloud, a ferramenta adequada para liderar a transformação digital no mercado empresarial cabo-verdiano. Como enfatiza a empresa, a v10 representa um salto tecnológico, um produto que pode ser usado em diferentes dispositivos e que aproveita os 25 anos de experiência dessa empresa nascida na cidade de Braga.
Adaptada às exigências da fiscalidade cabo-verdiana, o novo programa, segundo Felicidade Ferreira, permite uma melhor integração com soluções que estejam na “cloud”. “Incorpora uma série de potencialidades que a cloud nos proporciona, mas que não podíamos aproveitar com a versão anterior”, frisa essa gestora. Felicidade Ferreira adianta que, do ponto de vista funcional, esse software traz várias novidades para as áreas do inventário, logística, recursos humanos e analítica. “É uma versão muito virada para as necessidades dos clientes. O utilizador pode inclusivamente configurar o ecrã e colocar à sua disposição só as funcionalidades que precisa.”
Lançada no dia 27 de Março, a nova versão já é usada por algumas empresas em Cabo Verde. O propósito da PRIMAVERA é levar os seus muitos clientes residentes no arquipélago a fazerem a actualização para tirarem benefício das potencialidades do programa.
Presente em Cabo Verde há 23 anos, a PRIMAVERA, assegura Felicidade Ferreira, tem apresentado uma evolução gradual nos últimos anos, que teve na sua base dois factores: a localização do software à realidade do mercado, em 2000, e a existência de uma representação local liderada por Ailton Tolentino desde 2013. Este passo provocou uma outra dinâmica da PRIMAVERA nas ilhas, a angariação de mais clientes, o que lhe permite ter neste momento 42 por cento do mercado cabo-verdiano. “O nosso grande segredo reside no facto de apresentarmos ofertas para micro, pequenas, médias e grandes empresas. Podemos satisfazer as necessidades de uma empresa que emprega duas pessoas, assim como uma do nível da Electra, por exemplo”, elucida essa fonte, que realça ainda o impacto da política formativa da empresa nessa caminhada. Como diz, é preciso capacitar os utilizadores para tirarem proveito da tecnologia.
Para Guevara Cruz, Director-geral das Páginas Amarelas, o evento organizado pela PRIMAVERA é de extrema importância por se tratar de uma empresa bem implantada no mercado cabo-verdiano e agente no processo de transformação tecnológica no ambiente do negócio. Palestrante no evento, que decorreu na Câmara do Comércio de Barlavento, Guevara Cruz alerta que a transformação tecnológica nas empresas é um processo, e não um acto abrupto de ruptura, que passa por investimentos em equipamentos, formação técnica e aspectos como o acompanhamento das necessidades dos clientes, um modelo de negócio adaptado, uma liderança firme e o foco nos resultados.
Além da v10, a PRIMAVERA fez ontem a apresentação do programa Jasmin, uma solução virada para as necessidades de micro e pequenas empresas a ser lançada este mês. Segundo Ailton Tolentino, essa aplicação, que é cem por cento cloud, será a aposta do futuro ERP. “Jasmin” oferece uma versão gratuita, que funciona durante um ano ou até 1500 contos de facturação. Conforme Tolentino, a grande vantagem é que pode ser usado em qualquer dispositivo e em qualquer lugar e não tem limites de utilizadores.
Kim-Zé Brito
