Pandemia impacta positivamente no transbordo de pescado no Porto Grande, diz PCA da Enapor

A pandemia da Covid-19 impactou positivamente no transbordo de pescado no Porto Grande, em São Vicente, de acordo com uma reportagem assinada pelo Presidente do Conselho de Administração da Enapor, Alcidio Lopes, publicado na https://revistademarinha.com. Esta revela, por exemplo que, entre janeiro e abril deste ano, houve um aumento de cerca de 15% face ao período homologo de 2019. Este aumento, afirma, deveu-se à incidência da pandemia nos países dos portos concorrentes, como os de Abidjan e Dakar, que obrigou à suspensão de serviços, originando o aumento da procura pelos Portos de Cabo Verde.

De acordo com a reportagem, o transbordo de pescado no Porto Grande é um dos segmentos do mercado portuário que tem vindo a registar um contínuo crescimento e é uma importante fonte de rendimento para os trabalhadores portuários, igualmente para a comunidade portuária, com impacto significativo na economia da ilha e do país. “Em 2016, o Porto Grande registou cerca de 22 mil toneladas de pescado movimentado, e graças à capacidade atrativa da Enapor, empresa que administra os Portos de Cabo Verde, em 2019 o registo mais que dobrou, foi de 45 mil toneladas”.

Esta componente do tráfego, prossegue a mesma fonte, tem um peso significativo nos rendimentos da empresa, da Enapor e dos trabalhadores, quer efetivos quer ocasionais, pelo volume de trabalho que gera. Em média, num navio de pesca trabalham cerca de 60 trabalhadores, sendo que já houve picos de cerca de 500 trabalhadores num só dia! Entre abril e outubro, é visível a afluência de centenas de trabalhadores ocasionais ao Porto Grande que recorrem ao trabalho nesta operação na perspetiva de garantir o seu sustento, especifica.

Apesar de estar em um ano atípico, a pandemia impactou positivamente no transbordo de pescado no Porto Grande, que se registou, entre janeiro e abril, um aumento de cerca de 15% face ao período homólogo de 2019. Este aumento, precisa, deveu-se à incidência da pandemia nos países dos portos concorrentes, como os de Abidjan e Dakar, que obrigou à suspensão de serviços, originando o aumento da procura pelos Portos de Cabo Verde. “Em 2019, o movimento de pescado no Porto Grande gerou receitas diretas superiores a um milhão de euros e que esta atividade constituiu uma das principais fontes de rendimento dos trabalhadores portuários”, detalha.

Contínuo crescimento

Ainda de acordo com a reportagem, o transbordo internacional de pescado no Porto Grande envolve vários sectores de actividade, que englobam operadores e empresas ligadas à área de transformação e comercialização de pescado, e ainda a manutenção, que garante a prestação de serviços às unidades das frotas de pesca que operam na região do Atlântico centro-leste.

Toda esta actividade é acompanhada pela Inspeção das Pescas, em concertação com as Autoridades Portuárias, Marítimas, Guarda Costeira e Alfandegas da República de Cabo Verde. Destaca-se aqui a logística de contentorização disponível no Porto Grande, que garante operações de forma célere e segura, e o entreposto frigorífico, que opera na área da armazenagem, congelamento, processamento de pescado e venda de gelo, localizado no Porto Grande e administrado pela empresa espanhola Atunlo.

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