OMCV inova com curso de costura e confecções, reforçado com módulo lingerie  

A OMCV – São Vicente pretende inovar já a partir da próxima semana com a oferta de um curso de costura e confecções, reforçado com o módulo lingerie, para atender as novas demandas do mercado. Trata-se de uma formação intensiva, a primeira a incluir a valência lingerie, com uma carga horária de 300 horas, e será ministrada por formadores locais, com excepção do módulo roupas intimas, que estará a cargo de uma monitora que virá propositadamente da capital. 

A formação, de acordo com a delegada da OMCV, decorre da missão desta organização não governamental, enquanto centro de formação permanente, de oferecer alternativas profissionais, com empregabilidade. Neste sentido, segundo Fátima Balbina, está em andamento um curso de informatica e, na reta final, uma formação em corte e costura. Está igualmente na eminência de iniciar, também na próxima semana, um curso de crochet, visando atender as demandas desta aprendizagem.

‘Antigamente fazia-se muito crochet em São Vicente, inclusive era quase que obrigatório para as meninas. Depois de um periodo em que quase cai em desuso, o crochet está novamente a ganhar destaca. As pessoas querem apreender a fazer peças de vestuário de crochet, fatos de banho, etc. É por isso que decidimos avançar com esta formação especifica’, revelou esta responsável. 

Relativamente ao curso de costura e confecções, com o módulo lingerie, Fátima Balbina afirma que deverá iniciar na próxima semana e decorre das formações em lingerie ministradas durante o verão. ‘Decidimos introduzir este modulo no curso de costura e confecções para estimular mais pessoas a se inscreverem. É um curso com duração de três meses e carga horária de 300 horas’, detalha, reconhecendo que este tipo de formação é procurado sobretudo  por mulheres com mais de 25 anos, mas não deixa de ser uma boa opção também para os mais jovens.  

Tivemos alguns poucos rapazes nos cursos anteriores de costura e todos conseguiram singrar nas suas áreas de formação. Mas é verdade somos procurados sobretudo por mulheres com mais de 25 anos, isto porque os mais jovens não conseguem ver a costura como uma arte de transformar tecidos em vestuário ou acessórios, por exemplo, mas principalmente como uma profissão. Infelizmente, os jovens ainda desvalorizam as formações em corte e costura,’ constata.    

Fatima Balbina garante que todos os cursos ministrados pela OMCV têm uma  alta taxa de empregabilidade. ‘Recebemos mitos pedidos de ateliês de costuras e de confecções de São Vicente, mas também de outras ilhas, nomeadamente do Sal e de S. Nicolau, que procuram os nossos formandos. Infelizmente, a adesão tem sido insuficiente para dar resposta. Por outro lado, muitos dos formados optam por trabalhar por conta própria, muitas vezes nas suas casas.’

A par do curso de corte e costura, a OMCV pretende iniciar na próxima semana um módulo de ‘Estética e Beleza’, mais concretamente manicure e pedicure. Explica a delegada Fátima Balbina que, normalmente, a instituição ministra estas formações por módulos, desde depilação, maquiagem, manicure e pedicure. Tudo com o proposito de andar os jovens a adquirirem competências técnicas e profissionais para poderem encontrar um emprego.

A delegada mostra-se no entanto preocupada com a mudança no perfil dos jovens que procuram formações na OMCV. Segundo Fátima Balbina, antes eram sobretudo jovens com baixa escolaridade que procuravam uma formação profissional, agora são estudantes que concluíram o 12 ano de escolaridade, mas não possuem recursos financeiros para prosseguirem os seus estudos.

‘Infelizmente, temos não temos formações para oferecer à estes jovens, que estão a procura de uma formação profissional para poderem trabalhar para custear a sa formação superior no periodo laboral o vice-versa’, lamenta.  Entende Fátima Balbina que a OMCV precisa diversificar em termos de cursos para atender esta nova procura, principalmente de jovens do sexo masculino. 

Relativamente ao arranque do novo ano lectivo, a delegação da OMCV tem vindo a promover feiras semanais do livro, sempre às quintas-feiras, por forma a angariar recursos para adquirir materiais escolares para atender aos pedidos de apoio das famílias com kits escolares. 

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