O número de estabelecimentos hoteleiros no país cresceu 1,4% em 2022, totalizando 296, em relação ao ano anterior, segundo o Inventario Anual realizado pelo Instituto Nacional de Estatística. Estes disponibilizaram uma oferta de 15 257 quartos, traduzindo-se num acréscimo de 4,2% em comparação com o mesmo período.
Em comunicado, o INE informa que Santo Antão possui 74 estabelecimentos de alojamento em funcionamento, representando 25% do total. Segue Santiago com 57 (19,3%), São Vicente com 47 (15,9%), Sal com 34 (11,5%) e Fogo com 33 (11,1%). Boa Vista tinha 15 unidades hoteleiras (5,1%), Maio 14 (4,7%), Brava 12 (4,1%) e São Nicolau 10 (3,4%). O documento revela ainda que houve acréscimos em quase todas as ilhas, expecto S. Vicente, S. Nicolau e Santiago. “O maior acréscimo ocorreu na ilha do Fogo, com mais 8 estabelecimentos hoteleiros. Acréscimos menores ocorreram nas ilhas de Santo Antão (+5), Boavista e Brava (+3 cada), Maio e Sal (+2 cada), face ao ano anterior”, refere.
Em relação ao tipo de alojamento, indica, verificou-se aumento de seis hotéis e oito pensões, face ao ano de 2021. No sentido contrário, havia menos três residenciais, e duas pausadas, aldeamentos turísticos e alojamento completar. Ainda assim, as residenciais continuam a ter mais peso, representando 33,8% dos estabelecimentos hoteleiros de Cabo Verde. Os hotéis e as pensões seguem-se com 24,3%. “Os quartos disponíveis continuam a ter maior expressão na ilha do Sal, representando 55,7%. Boa Vista aprece em segundo com 20,8% e Santiago em terceiro lugar com 7,6%. Por estabelecimento, os hotéis continua a liderar com 83,3% dos quartos.”
Em finais de 2022, ainda segundo este inventário, os estabelecimentos hoteleiros empregavam 9.458 pessoas, o que corresponde a um acréscimo de 12,6% em relação ao mesmo período do ano 2021. “Os hotéis empregavam o maior número de pessoas, representando cerca de 87,2% do total do pessoal. Seguem-se as pensões (5,1%) e as residenciais (4,0%)”, revela, frisando que Sal continuou a ser a ilha com maioria do pessoal empregada nos estabelecimentos de alojamento turístico, sendo que 58 em cada 100 trabalhadores do sector estão nesta ilha, a mais turística de Cabo Verde.
O estudo revela, por outro lado que 99,4% do total do pessoal empregado e remunerado e que 94,2% é nacional. Diz ainda que 57,9% desse efetivo é mulher. “Do pessoal ao serviço remunerado, 65,8% tem contrato a termo, 31,2% tem contrato permanente e apenas 3,1% não tem contrato. Dos com contrato a termo, 43,1% é de 3 meses, 30,9% de Um Ano ou Mais e 26,1% tem contrato de 6 meses.”
Por categoria de pessoal ao serviço, a restauração representa 20,4%, a cozinha representa 17,8% do pessoal, e andares, 13,6%. As categorias menos representativas são o controlo (0,5%) e o economato (1%). Segundo o escalão de pessoal, passaram a ser mais representativos os estabelecimentos hoteleiros que empregavam 3 a 5 pessoas, com cerca de 27,7%. Seguem-se os que empregaram 1 a 2 pessoas (27.7%) e 10 a 19 pessoas com 15,2%. Quanto aos serviços oferecidos, 94% dos quartos têm banho privado com água quente e fria, sendo que os quartos com televisão, ar condicionado e minibar representam 88,0%, 86,2% e 83,6%, respetivamente.
A quase totalidade dos estabelecimentos inventariados (88,9%) está equipada com telefone. Cerca de 80% tem internet, 71,3% tem computador, 54,4% tem fotocopiadora. Além disso, 74,7% oferecem WIFI, 53,7% bar, 51,4% restaurante e 48,6% televisão por cabo. Nas épocas alta e baixa, lê-se, os preços médios dos quartos duplos e individuais continuam sendo mais elevados na Boa Vista e no Sal.
A capacidade total dos restaurantes dos estabelecimentos hoteleiros em atividade, passou de 23.958 para 22.759 lugares sentados, correspondendo a uma variação negativa de 5%, face ao ano anterior. Em média, os hotéis ofereciam uma capacidade de 283 lugares sentados. Maiores capacidades foram oferecidas pelos hotéis das ilhas da Boa Vista e Sal, com uma média de 561 e 503 lugares sentados.