Montagem da FIC adiantada em relação ao cronograma: Cada um dos 85 expositores com uma média de dois stands

Está em fase adiantada a montagem dos 176 stands que vão receber os 85 expositores da 23. edição da Feira Internacional de Cabo Verde, evento que decorre de 13 a 16 deste mês na cidade do Mindelo. O ritmo dos trabalhos, segundo Gil Costa, PCA da FIC, é bastante satisfatório, ao ponto de perspectivar que tudo ficará pronto cerca de 72 horas antes do prazo estabelecido. “É claro que acontecem sempre imprevistos, por exemplo em relação a um ou outro pormenor num stand, mas isto foi calculado no cronograma”, adianta o gestor da FIC.

Este ano, o número de stands quase que duplicou, atingindo uma média de dois espaços para cada empresa expositora. Para Gil Costa, isso é bom porque mostra que a feira anda a cumprir o seu propósito, mas acarreta em si a necessidade de a FIC aumentar a área e dar resposta à procura. Nesta edição, aliás, a procura ultrapassou a capacidade dos pavilhões da FIC na Lajinha, pelo que à volta de 20 empresas ficaram de fora. Estas atrasaram-se no processo de inscrição e, como explica Costa, a partir do momento que um expositor passa a ocupar 2 stands, em vez de um, há uma empresa que fica sem espaço.

Gil Costa

“Temos por hábito lançar o evento seguinte no jantar de encerramento de cada feira. Neste evento anunciamos a data da edição a seguir e, querendo, as empresas podem fazer uma inscrição prévia, sem compromisso. Em Janeiro-Fevereiro colocamos o dossier à disposição e as empresas têm até Setembro para finalizar o processo de inscrição. Há aquelas que são rápidas e outras que demoram muito tempo a decidir”, explica Gil Costa. Este confessa que pensaram em demolir uma parede e instalar uma tenda de 1000 m2 para acolher mais expositores, mas desistiram por causa do custo do investimento.  

À semelhança das outras feiras, o sector dos serviços assume uma posição preponderante nesta edição da FIC. No entanto, o comércio é também outro ramo com presença forte. “O bom desta feira é que 70% dos expositores são empresas de direito cabo-verdiano, o que não quer dizer que são de capital cabo-verdiano. São empresas nomeadamente da Espanha e de Portugal com sede em Cabo Verde”, realça Gil Costa, para quem a FIC tem estado a ganhar notoriedade e a confiança das empresas estrangeiras.

Este ano, a feira acontece sob o lema “Cabo Verde, uma economia de circulação no Atlântico médio”, que foi escolhido, segundo Gil Costa, para ajudar a promover o país como ponto de acesso ao continente africano. Isto já tendo em conta a criação da Zona Livre do Comércio na África Ocidental, que envolve um número considerável de países. Para Costa, esta é uma oportunidade que Cabo Verde deve aproveitar.

O evento deste ano conta com um número maior de visitantes profissionais, boa parte proveniente da China, país convidado, mais precisamente de Macau e de uma província. O convite foi reforçado a quando de uma deslocação do PCA da FIC à 24. edição da Feira de Macau e a expectativa, segundo Gil Costa, é que China venha a ser parceira da FIC – 2020, agendada para 18-21 de Novembro na cidade da Praia. O objectivo é ter um pavilhão só para empresas desse gigante asiático.

Uma semana após cair o pano sobre a FIC, arranca a Expomar, feira ligada à economia marítima, que este ano se associa à Cabo Verde Ocean Week e acontece de 25 a 29 deste mês. Para Gil Costa, este é um casamento feliz porque fortalece as vertentes mais fracas de cada um dos eventos. Como explica, a CVOW é forte na componente de encontros ministeriais e conferências, enquanto a Expomar exponencia a parte da exposição e dos contactos directos entre empresários. Deste modo, a FIC fica com a parte da mostra, enquanto o ministério da Economia Marítima assume a vertente dos encontros ministeriais, capacitação e conferências.

Kim-Zé Brito

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