O IEFP fez ontem a abertura oficial de um lote de 16 cursos profissionais em S. Vicente, cujas aulas começam na próxima segunda-feira com o envolvimento de 320 formandos. Mais de 400 pessoas fizeram a sua inscrição nas diversas formações, mas, segundo Cesar Fortes, director regional do Instituto, havia vagas para “apenas” 320 alunos.
Do leque de oferta, a Estética é o curso que despertou mais interesse, com 92 inscritos. Além desta formação, a lista formativa inclui as áreas de Padaria/Pastelaria, Alimentos e Bebidas, Auxiliares de Cabeleireiro, Serviço de Andares e Lavandaria, Redes de Água e Saneamento, Instalações Eléctricas e Infraestruturas, Telecomunicações em Edifícios, Montagem e Manutenção de Instalações Eléctricas e Industriais de Baixa Tensão, Operações Básicas de Cozinha, Bate-Chapa e Pintura, Condutores de Autocarros e Transportes Públicos, Educação de Infância, Electromecânica e Manutenção Industrial, Gestão Contabilística, Instalação, Montagem e Manutenção de Redes de Água e Saneamento.
Financiados em 45 mil contos, os cursos são totalmente gratuitos. Os alunos, assegura César Fortes, não pagam um tostão, cabendo-lhes apenas mostrar empenho e aproveitar a oportunidade. “A partir de hoje, a responsabilidade pelo sucesso de vocês é partilhada: parte dela é nossa – e daremos todo o suporte necessário – e a outra parte é vossa, que deverão mostrar empenho, curiosidade e resiliência”, disse o responsável do Instituto do Emprego e Formação Profissional na cidade do Mindelo. Fortes salientou que ao longo dos meses de formação surgirão desafios, mas, lembrou, é na superação dos mesmos que acontece o crescimento.
“Acreditem no vosso potencial, como nós acreditamos. Não percam a oportunidade de aprender com os colegas, de questionar e de explorar ao máximo tudo o que vos será oferecido na formação”, apelou durante a sua intervenção no acto de abertura, que decorreu no anfiteatro da Escola Técnica do Mindelo, uma das várias parceiras do IEFP no projecto. Outras entidades referidas são o complexo hoteleiro Las Rochas, a Cabnave, o Ministério da Educação e a Câmara de S. Vicente.
A escolha dos cursos, garante Fortes, foi feita com base nas necessidades reais do mercado, apuradas com base em um estudo. Exemplifica com as necessidades demonstradas pelo crescente sector hoteleiro no Mindelo, que demanda por profissionais formados em pastelaria, assim como a construção civil que precisa de electricistas… Os projectos, acrescenta, foram elaborados e submetidos a financiamento do Fundo da Promoção do Emprego e Formação Profissional e todos acaram por ser contemplados.
A responsabilidade do IEFP, diz César Fortes, é assegurar um ensino de excelência. Para isso, acrescenta, o Instituto conta com uma equipa de professores experientes e uma infraesturutra de qualidade. Reforça que a meta é ir para além da sala de aula, conectar a teoria à prática, porque o momento é de abertura de novas portas e horizontes para os 320 formandos.
O Governo, recorde-se, decidiu autorizar o IEFP a entregar certificados de formação a cerca de 5.000 jovens e adultos que concluíram cursos entre 2018 e 2024, mas não tinham recebido os documentos por falta de pagamento integral das propinas. A medida, publicada na Resolução n.º 89/2025, surge após o alargamento da gratuitidade da formação profissional a todos os níveis do Cadastro Social.