O Governo português aprovou uma resolução que seleciona os potenciais investidores a participar no processo de alienação das participações sociais detidas pela Caixa Geral de Depósitos no capital social do BCA, em Cabo Verde. A mesma medida expõe o caderno de encargos que define as condições específicas aplicáveis à venda das ações, como indica um comunicado do Conselho de Ministros português, divulgado pela sapo.pt.
Este jornal salienta que, deste modo, a Caixa Geral de Depósitos (CGD) está mais perto de alienar a participação de quase 60% que detém no Banco Comercial do Atlântico, depois de o Governo ter aprovado ontem, quinta-feira, a shortlist de candidatos que passam à segunda fase do processo de venda do referido banco cabo-verdiano.
Desde 2019 quea CGD tenta vender a posição que detém no BCA, no âmbito do processo de reestruturação imposto por Bruxelas como contrapartida da recapitalização de 4,9 mil milhões de euros realizada em 2017, mas até agora não teve sucesso. O processo foi condicionado com o escalar da pandemia da Covid-19 a nível mundial. Nesta segunda fase, indica o referido jornal, os investidores poderão apresentar as propostas vinculativas durante o quarto trimestre.
Na corrida pelo BCA está o IIBGroup Holdings, sediado no Bahrein, de acordo com o site África Monitor Intelligence, informação confirmada pelo ECO. É o mesmo grupo que é acionista do Novo Banco Cabo Verde e que, em Portugal, tentou comprar o Banco Efisa (à Parvalorem) e o Banco Português de Gestão (à Fundação Oriente)
Apesar do processo de venda do BCA, a Caixa irá manter a presença no mercado cabo-verdiano através do Interatlântico, onde detém uma participação de 70 por cento.
