Gilvan Bueno, especialista em Finanças, aborda classe empresarial em S. Vicente com vista a deslocação de comitiva ao Brasil em 2025

O especialista em Finanças Gilvan Bueno encetou contactos com a classe empresarial em S. Vicente que, dentre outras iniciativas, poderão culminar com a deslocação de uma comitiva de 15 a 20 pessoas ao Brasil, em novembro ou dezembro deste ano, para o reacender das relações comerciais entre as partes, que, na sua visão, registaram um abrandamento. A ideia, segundo este colonista da CNN Money Brasil, é preparar uma agenda de encontros com representantes influentes das áreas da economia, política e empreendedorismo no Brasil.  

“Tivemos conversas preliminares com alguns actores empresariais no Mindelo, como a Câmara do Comércio de Barlavento, BCN e a CV Tradeinvest, e saio daqui satisfeito. A nossa grande motivação é propiciar o incremento de actividades lucrativas para ambos os lados”, assume Gilvan Bueno, enfatizando que Brasil deixou de contribuir para a balança comercial de C. Verde, papel que, diz, está a ser assumido fundamentalmente pelos espanhóis e portugueses. Na sua perspectiva, Brasil pode voltar a ser bastante interveniente nesse aspecto, tal como acontecia quando havia uma linha aérea com Fortaleza, que ligava os dois países em 4 horas.

“Brasil é um grande exportador de commodities e é preciso saber o que está faltando para um maior incremento do negócio com Cabo Verde”, frisou essa fonte. Na sua visão, o Estado brasileiro deveria manter uma ponte dinâmica com C. Verde muito por conta da própria ligação cultural existente. Além disso, salienta, Brasil está a precisar aumentar as suas exportações, enquanto CV continua a ser um mercado onde a grande maioria dos produtos são importados.

Um dos objetivos desse analista financeiro é elucidar o empresariado cabo-verdiano sobre as oportunidades existentes no Brasil nas áreas do empreendedorismo e educação financeira. Afirma que o país do samba criou mecanismos legais de aceleração do empreendedorismo, por exemplo o microempresário individual, que já estimulou milhões de iniciativas, que passaram a receber benefícios, mas também a contribuir com o pagamento de impostos.

Nesse contacto de “prospeção”, Bueno recolheu informações valiosas sobre a realidade cabo-verdiana e tem em vista estabelecer consultoria bilateral e promover debates. Como reconhece José Almada Dias, o contacto com a CV TradeInvest foi interessante, tendo aproveitado o encontro para disponibilizar informações sobre as oportunidades de negócio existentes em C. Verde. “Ele mostrou interesse no incremento do processo de importação de produtos brasileiros, mas neste caso o ideal seria estabelecer uma linha marítima”, comenta Almada Dias. Durante a passagem por S. Vicente, Gilvan Bueno efectuou ainda contactos com actores das áreas da bancária e da tecnologia.

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