A maioria dos 40 expositores presentes na Feira de Oportunidades realizada na cidade do Mindelo pediu à administração da FIC para fazer o evento todos os meses, motivados pelos resultados obtidos. Elci Dias faz parte do grupo que gostaria de dispor dessa possibilidade mensalmente, mas reconhece, por outro lado, que nem todas as micro e pequenas empresas estarão em condições de participar regularmente. Adianta, aliás, que ela própria está ocupada neste momento com a defesa da sua licenciatura, mas acha que poderia participar três vezes por ano.
Presente pela primeira vez na exposição, a dona do salão Elci Nails considera que a feira foi a melhor coisa que lhe aconteceu este ano. Convidada pela FIC, aceitou logo a oportunidade. “Quando recebi o convite, o meu coração saltou. Tinha dúvidas se conseguiria, mas hoje estou muito grata pela oportunidade”, comenta a empresária, que conseguiu atender clientes que já tinham marcação feita e outras que apareceram no seu stand. Por dia, fez manicure e pedicure a mais de vinte mulheres, resultado que a deixa satisfeita. “Mas fiquei ainda mais satisfeita por ver jovens interessadas em aprender a trabalhar na área da estética”, frisa.
Angélica Fortes, administradora-delegada da FIC, mostra-se orgulhosa com esse pedido, mas deixa claro que montar essa estrutura todos os meses na praça Don Luiz acarreta custos. Despesas que só a empresa teria dificuldades em assumir. A não ser, diz, que fique assegurada a participação dos expositores e o envolvimento dos parceiros.
“Esse pedido comprova que conseguimos atingir o objectivo primordial, que era dar a oportunidade às micro e pequenas empresas de exporem os seus produtos e serviços e fazerem negócios”, conclui Angélica Fortes, para quem a feira, que decorreu de 19 a 23 de dezembro, teve sucesso porque os funcionários da FIC envolveram-se de alma e coração. Quanto à proposta, afirma que está em cima da mesa, mas que o mais realista seria acontecer duas vezes por ano.
Segundo Angélica Fortes, a feira foi pequena, mas aconchegante e dinâmica. Realça que o público teve entrada livre e houve animação cultural todos os dias, com a montagem de um palco que foi usado por vários jovens. Frisa ainda que os expositores e os visitantes tiveram à disposição um gabinete com dois consultores para dar apoio aos pequenos negócios sobre gestão de tesouraria e educação financeira. Mais um factor que contribuiu, na sua perspectiva, para o sucesso da exposição. A responsável da FIC afirma que o ambiente estava tão agradável e produtivo que algumas empresas quiseram ficar para além da hora normal do encerramento.