Os ex-trabalhadores da fábrica Atunlo saíram com a esperança renovada da reunião realizada ontem à tarde com o PCA da Enapor, na qual foi abordada a situação laboral no quadro do contrato a ser celebrado com a futura empresa concessionária da plataforma de conservação de pescado.
Em declarações ao Mindelinsite, o sindicalista Heidi Ganeto relata que o pessoal acreditou na boa-fé de Irineu Camacho quando este garantiu que os direitos adquiridos pelos ex-funcionários da Atunlo, os salários em atraso e o acesso à previdência social serão incluídos no acordo com a empresa que vai passar a explorar o empreendimento.
Pedido para confirmar se a empresa em causa é um consórcio liderado pela fábrica espanhola Frescomar, o representante do sindicato Siacsa em S. Vicente esboçou um sorriso. “Quando a Enapor diz que será proibido o processamento de pescado na plataforma de frio do Porto Grande, que ela será destinada fundamentalmente ao congelamento, um serviço que pode ser garantido por cerca de 30 pessoas, perguntamos onde serão enquadrado o resto do pessoal ligado à Atunlo”, questiona em jeito de “exercício lógico”. “Basta puxar pela cabeça!”
No encontro, segundo esta fonte, Irineu Camacho acabou por reconfirmar as informações passadas à imprensa momentos antes sobre as condições contratuais que a Enapor vai exigir à nova empresa gestora da plataforma de frio. O PCA da Enapor, prossegue Ganeto, assegurou que os trabalhadores vão receber os cinco meses de salário em atraso até 31 de março e que, por esta data, já saberão o nome da nova concessionária.
