A EDEC vai aplicar um desconto de 20% nas faturas de eletricidade dos clientes de Santiago com contadores pós -pagos, dividido em dois meses: 10% em outubro e 10% em novembro. Para os clientes com contadores pré-pagos, o desconto será feito nas próximas compras de eletricidade. Com esta decisão, a empresa responde a uma das reivindicações dos clientes, que vinham questionando os valores das faturas, apesar da falta de luz.
De acordo com a EDEC, na sequência das avarias registadas desde 1 de setembro na Central do Palmarejo,, que têm provocado cortes programados de energia elétrica na ilha de Santiago, causando constrangimentos e prejuízos aos clientes, o CA decidiu apresentar um conjunto de medidas de compensação, mitigação e de resposta rápida para os clientes e população da ilha de Santiago.
“O Conselho de Administração tomou a decisão de reforçar a capacidade na Central de Produção de Palmarejo através de aluguer de potência adicional, garantindo maior segurança e prevenção de futuras paragens por avaria ou manutenção. O contrato já foi adjudicado e os grupos encontram-se em processo de logística para chegar ao país brevemente”, explicou Luís Teixeira.
Relativamente às compensações financeiras, será aplicado um desconto de 20% nas faturas. “Vamos fazer uma aplicação de um desconto nas faturas de eletricidade, dividido em dois meses consecutivos, 10% na factura de Outubro e 10% na factura de Novembro, a todos os clientes com contadores pós-pagos. Entretanto, para os clientes com contadores pré-pagos, o desconto será feito nas duas próximas compras de electricidade”, garantiu.
Paralelamente, será criada uma equipa especial dedicada exclusivamente para avaliar e garantir a resposta rápida – no prazo máximo de 1 semana aos pedidos de reclamações por danos em equipamentos e aparelhos elétricos. “Queremos dar uma atenção especial aos nossos clientes. Por isso anunciamos duas medidas viradas diretamente para eles. Uma compensação financeira é um mecanismo ágil de resposta às reclamações”, acrescentou.
Apesar da ausência de cortes no fornecimento de energia no último fim-de-semana, o PCA alega não conseguir prever para quando a normalização do calendário de distribuição, o que só deverá ocorrer com a chegada dos grupos contemporizados. “Estamos a falar de equipamentos que vêm do estrangeiro, em contentores, sujeitos a regras de transporte e logística que não controlamos. A nossa prioridade é encurtar ao máximo esse período, para que os grupos cheguem e possam reforçar a central”, disse.
A Central do Palmarejo, refira-se, opera com três grupos geradores, quando o ideal nesta altura do ano seria pelo menos quatro.
