Os preços de todos os produtos regulados, com excepção do gás butano, estão mais baratos desde as zero horas desta segunda-feira, 1 de janeiro de 2024. Já as novas tarifas de eletricidade, praticadas pela Electra e pela empresa Águas e Electricidade da Boa Vista (AEB), sofreram um aumento, de acordo com a Agência Reguladora Multisectorial da Economia (ARME).
Segundo a nova tabela, o gasóleo normal está a ser vendido por 123 escudos o litro, a gasolina por 132,1 escudos, o petróleo 138 escudos, o gasóleo para electricidade 109, 3 escudos, o da marinha 94,60 escudos, o Fuel 380 por 83,7 escudos e o Fuel 180 por 86,70 escudos. O gás butano passa a ser vendido a granel por 145,1 escudos o quilo, sendo que as garrafas de 12,5 Kg custam 1.814 escudos; as de 6 Kg 871 escudos; as de 3kg 414 escudos e as de 55 Kg 7.981 escudos.
Em termos percentuais, os preços da gasolina baixaram 4,28%, do petróleo 5,87%, do gasóleo normal 4,95%, do gasóleo eletricidade 5,53%, do gasóleo marinha 5,59%, do Fuel 180 5,35% e do Fuel 380 5,32%, enquanto o do gás butano aumentou 0,97%. “Tudo somado, corresponde a um decréscimo médio dos preços dos combustíveis de 4,49%. Comparativamente ao período homólogo (janeiro de 2023), a variação média dos preços dos combustíveis corresponde a uma diminuição de 7,84%”, refere.
De acordo com os dados publicados no Platts European Marketscan e LPGasWire, os preços dos combustíveis nos mercados internacionais cotados em dólares por toneladas métricas, comercializados em Cabo Verde, diminuíram em 5,12% de novembro para dezembro, passando de 737,50 USD/MT para 699,75 USD/MT. Individualmente, as cotações da Gasolina, do Jet A1, do Gasóleo ULSD e do Fuelóleo 0,5% diminuíram em 5,81%, 8,21%, 6,64% e 5,93%, enquanto a do butano aumentou em 3,57%.
Os principais motivos da descida dos preços do petróleo, no mês de dezembro, foram as preocupações dos investidores sobre as previsões pessimistas do desenvolvimento das principais economias mundiais, que podem condicionar a procura desta matéria-prima e o aumento mais do que o esperado dos estoques e da produção de petróleo nos Estados Unidos da América.
Foram também atualizadas as tarifas de electricidade da Electra e da AEB. A ARME justifica com a actualização para salvaguardar o equilíbrio económico-financeiro dos operadores e garantir a sustentabilidade dos serviços públicos de fornecimento de energia eléctrica. Conforme a nova tabela, a eletricidade sofre um aumento no Factor de Ajuste dos Custos com Combustíveis (FACC) no valor de 2,12 escudos/Kwh, em todos os escalões. Já a nível da AEB, as novas tarifas registam um aumento de 3,57 escudos/Kwh.
Relativamente a Electra, a ARME explica que, para este exercício de atualização, foi considerado um ajusto de – 0,02 ECV/kWh facturado na tarifa do exercício anterior, devido à alteração dos preços dos combustíveis entre a última referência (julho de 2023) e a nova referência (janeiro de 2024).
“Houve uma compensação de 1,46 ECV/kWh, resultado dos valores acumulados devido às alterações ocorridas entre os meses de julho a Dezembro de 2023; a retirada definitiva da compensação de – 0,34 ECV/kWh devido às alterações nos preços de combustíveis ocorridas no exercício anterior, entre Janeiro e Julho de 2022; e, finalmente, a compensação dos 0,34 ECV/kWh não actualizado à tarifa da Electra no exercício anterior”, esclarece a reguladora em comunicado de imprensa.
As tarifas de electricidade para a Electra sofreram, assim, um aumento do FACC no valor de 2,12 ECV/kWh facturado, em todos os escalões. Já no caso da AEB levou-se em conta um ajuste de 0,06 ECV/kWh facturado na tarifa de referência do exercício anterior, devido à alteração dos preços dos combustíveis entre a última referência (julho de 2023) e a nova (janeiro de 2024).
Ainda: uma compensação de 2,18 ECV/kWh, resultado dos valores acumulados devido às alterações ocorridas entre Julho a Dezembro de 2023 e a retirada definitiva da compensação de -1,33 ECV/kWh devido às alterações nos preços de combustíveis ocorridas no exercício anterior, entre Janeiro e Julho de 2023. As novas tarifas de eletricidade foram calculadas para um período de seis meses e entraram em vigor às zero horas de hoje, 1 de Janeiro de 2024, finaliza a ARME.