Aldeias SOS: Mulheres recebem microcrédito para abertura de negócio ou reforço de actividade geradora de rendimento

Mulheres beneficiárias do Programa de Reforço Familiar receberam cheques-subsídios da Aldeias SOS destinados à abertura de novos negócios ou para dar um novo fôlego a actividades geradoras de rendimento já implementadas. Tudo isso com o apoio de um mentor-coaching colaborador do programa, no caso o economista Aristides Silva, que vai dando orientação para a aplicação mais correcta dos montantes, mediante um plano de negócio.

“Há pessoas com alguma experiência de negócio e outras nem tanto. O meu papel é colaborar com essas mulheres para que possam tirar o melhor proveito dessa pequena ajuda financeira, mas que é de extrema importância para as suas vidas”, diz Aristides Silva.

No caso de Ambrosita Santos, o valor recebido será aplicado na confeção de comida caseira para vender na zona da Ribeira Bote, onde reside. Esta mulher de 66 anos costumava praticar essa actividade económica, que foi suspensa desde que sofreu uma AVC. “A vida ficou muito complicada desde essa altura, mas a luta continua”, frisa Ambrosita, que conta com a ajuda de uma filha para colocar o negócio nos trilhos.

Cláudia Silva, 40 anos, tenciona usar o subsídio para reforçar a venda ambulante de peixe, actividade que tem vindo a exercer. Com o dinheiro pensa comprar pescado para revenda e ir gerindo os rendimentos. Por isso agradece o gesto da Aldeias SOS.

Núria de Pina, por sua vez, pretende iniciar o fabrico de sabão natural, aproveitando os conhecimentos que adquiriu numa formação ministrada com base no referido programa. O montante vai servir para comprar uma varinha mágica, balde e matéria-prima. “Estou ansiosa, é a primeira vez que vou abrir um negócio e espero que os meus produtos tenham aceitação no mercado”, diz esta jovem, também residente na Ribeira Bote, que vai produzir sabão para peles seca, oleosa e sensível.

Este microcrédito visa empoderar a economia de famílias lideradas por mulheres para que possam criar um negócio ou reforçar uma actividade económica em curso. Antes de receberem os montantes, as beneficiárias frequentaram formações nas áreas de transformação alimentar, produção de sabão natural, gestão de pequenos negócios e marketing digital e têm à sua disposição um mentor para ajudar na implementação do plano de negócio.

Até agora, 43 famílias já foram beneficiadas com microcréditos, com o montante máximo de 35 mil escudos. Na primeira vaga foram envolvidas 23 mulheres e vinte desta vez. As famílias residem nos bairros da Ribeira Bote, Ribeirinha, Monte Sossego e Fonte Filipe, em S. Vicente.

Sair da versão mobile