Mindelense empata no último minuto com a Micá do Porto Novo: “Seria injusto perdermos este jogo”

O Mindelense esteve quase a provocar um enfarte aos adeptos que foram ontem ao estágio Adérito Sena apoiar a equipa no segundo confronto com a Académica do Porto Novo, a contar para a quinta jornada do nacional de futebol. A partida terminou empatada a duas bolas, o que possibilitou aos “leões encarnados” manter a liderança do grupo A, mas a verdade é que o Mindelense foi obrigado a correr atrás do prejuízo nas duas metades do encontro. É que, aos 25 minutos, a Micá de Santo Antão adiantou-se no placar com um toque subtil de Xolote para as redes de Piduca, tendo Pibip igualado o resultado um quarto de hora mais tarde. No segundo período, a equipa visitante voltou a saltar para a frente do marcador por Faguy, que aproveitou um passe de bandeja de Bomba perto da grande área, numa altura em que os campeões de S. Vicente dominavam os acontecimentos no relvado.

Micá do Porto Novo festeja primeiro golo

Porém, os felinos mindelenses não atiraram a toalha ao solo, pelo contrário deitaram fora as garras e mostraram que o jogo termina só quando soa o apito final. E, já prestes a acabar a partida, Pibip voltou a levantar o estádio Adérito Sena ao cabecear para o fundo da baliza adversária após um cruzamento teleguiado de Larry.  

Este empate teve um gosto à vitória para o Mindelense, que conseguiu conquistar mais um ponto e evitar perder o comando da poule para a formação do Porto Novo. Mas, para Rui Alberto, seria uma tremenda injustiça se a sua equipa saísse da sua arena com uma derrota. “Não merecíamos perder, por isso esforçamos até ao limite e acabamos por empatar o jogo. Na primeira parte mostramos um jogo de grande qualidade, mas sofremos um golo por desatenção. Na segunda parte voltamos a sofrer por causa de um erro nosso, mas o importante é que a equipa reagiu da melhor forma”, comenta o treinador do Mindelense.

Para Pibip, o goleador de serviço dos “leões vermelhos”, o resultado espelha a capacidade de encaixe da equipa. “Estiveram à frente por duas vezes, mas mantemos a pressão. Este resultado é fruto do esforço colectivo”, considera o avançado, que atribui ao colega Larry o mérito pelo tento da igualdade. “Ele cruzou para o lugar certo.”

Pibip iguala a partida nos segundos finais

Por momentos, Gunga sentiu que seria possível voltar para Santo Antão com uma vitória na bagagem. Mas a sua equipa sentiu o gosto do “remédio” que aplicou à Académica da Praia na jornada anterior ao vencer nos últimos instantes da partida. “É claro que ficamos tristes com este empate. Sabíamos que seria um confronto difícil e esta vitória era muito importante para nós. Estivemos na frente do marcador, mas o Mindelense fez aquilo que lhe competia – correr atrás do prejuízo. A equipa conseguiu o empate com um lance que já estávamos à espera, porque costuma despejar a bola para trás da defensiva”, revela Gunga, que já pensa no jogo com a Académica do Fogo, a última oportunidade para chegar à semifinal. Para isso terá que vencer e contar com um desaire do Mindelense no estádio da Várzea.

A quinta jornada ditou o empate entre o Mindelense e a Académica do Porto Novo e a vitória da Micá da Praia sobre a sua congénere do Fogo, por uma bola a zero. Neste grupo só as duas equipas da região de Barlavento ainda podem sonhar com a continuação na prova.

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