Fisiculturista Álvaro Andrade reclama o pagamento de prémios de campeão nacional e vice-campeão mundial conquistados em 2022

O fisiculturista Álvaro Andrade está a reclamar do Instituto do Desporto e da Juventude o pagamento dos prémios de campeão nacional e vice-campeão mundial, na categoria Mens Physique, conquistados em Cabo Verde e Espanha no ano passado. Pelas suas contas, ficou por receber 70 mil escudos enquanto vencedor da Taça de Cabo Verde e 750 contos como vice-campeão mundial da IFBB no campeonato mundial disputado em outubro passado na cidade espanhola de Santa Suzana.

Decorrido um ano, o atleta afirma que ainda não recebeu um tostão, apesar dos contactos que tem estabelecido tanto com a federação da modalidade como com o IDJ. “Fui informado do direito a esses prémios e a FECAH chegou inclusivamente a solicitar os meus dados bancários para fazerem a transferência dos valores para a minha conta em Cabo Verde. Disponibilizei essas informações, mas até hoje nada aconteceu”, reclama o desportista, que soube, entretanto, que outros colegas que participaram no campeonato nacional chegaram a receber os prémios.

Residente na Europa, Álvaro Andrade pretende competir num torneio em Portugal marcado para 9 de dezembro e fazer a sua segunda participação no mundial da IFBB em Espanha, no mês de outubro. A meta é vencer o torneio em Portugal e manter o título de vice-campeão mundial em Espanha. “Mas não descarto a possibilidade de ir mais longe, ganhar o título mundial”, acrescenta.

Todo este plano, segundo o fisiculturista, pode ir por água abaixo se não receber os tais prémios. Acentua que as despesas com a preparação, alimentação, transporte e estadia são avultadas e não tem como suportá-las neste momento. “Tenho estado a treinar, mas a minha preparação seria outra se já tivesse recebido esses montantes”, frisa o desportista cabo-verdiano, que se mostra indignado com essa situação. Afirma que o atleta cabo-verdiano costuma trabalhar muito sem quaisquer apoios do Estado e, após mostrar o seu mérito nas competições internacionais, aparecem instituições querendo tirar proveito do seu esforço.

Abordado, José Eduardo, presidente do conselho directivo do IDJ, afirma que não dispõe de nenhuma informação sobre o caso para poder opinar. Assegura que ele, pessoalmente, não foi contactado pelo atleta e não está em condições de confirmar ou contestar as informações avançadas pelo mesmo. “Não sei dizer se recebeu ou não algum prémio, mas a atribuição de um prémio respeita um processo. E, se lhe pediram dados, é porque o seu processo não estava completo. Estive de férias pelo que não estou em condições de dizer mais nada neste momento. Vamos, entretanto, tentar obter informações a nível interno sobre este caso”, diz José Eduardo, acentuando que o direito aos prémios está definido por lei.

O Mindelinsite tentou contactar o presidente da FECAH, mas foi impossível completar as ligações telefónicas.

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